30 de set. de 2016

O primeiro jornal a publicar o milagre do sol em Fátima

Primeira notícia na história, sobre o milagre do sol:
Paulo Eduardo Roque Cardoso
Eis (na íntegra) o curioso texto, não assinado, por certo escrito pela redação do “Mensageiro Parochial”, de Viseu, um dos semanários que se publicavam em duplicação com o “João Semana”:

25 de set. de 2016

Porta do Céu aberta para a fraqueza humana


Imaculado Coração de Maria
Porta do Céu aberta para a fraqueza
do homem contemporâneo


Vindas de todas as partes de Portugal, onze mil pessoas se reuniram para o
XII Encontro Nacional do Apostolado do 
Oratório no Santuário de Fátima


Na Sagrada Escritura encontramos esta frase:
porque foram fracos, eu lhes abri uma porta 
que ninguém poderá fechar
Esta porta, aberta para a fraqueza do homem contemporâneo, 
é o Coração Imaculado de Maria.


Paulo Eduardo Roque Cardoso

Com efeito, nada nos pode dar maior confiança, esperança mais fundada, estímulo mais certo do que a convicção de que em todas as nossas misérias, em todas as nossas quedas, não temos apenas, a nos olhar com o rigor de Juiz, a infinita Santidade de Deus, mas também o coração cheio de ternura, de compaixão, de misericórdia, de nossa Mãe Celeste, Onipotência Suplicante.

Ela saberá conseguir para nós 
tudo quanto nossa fraqueza pede 
para a grande tarefa 
de nosso reerguimento moral.

Ainda que os horizontes pareçam prestes a verter sobre nós um novo dilúvio, ainda que os caminhos se cerrem diante de nós, os precipícios se abram, e a própria terra se abale debaixo de nossos pés, não percamos a confiança: Nossa Senhora superará todos os obstáculos que forem superiores às nossas forças.

24 de set. de 2016

Os Frutos do Espírito Santo

O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade e Ele é o "Senhor que dá a vida e que procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Foi Ele que falou pelos profetas." O Espírito Santo é o dador de todos os dons e carismas extraordinários; todos os frutos espirituais provêm d'Ele.
O Espírito Santo vem às nossas almas no dia do nosso Baptismo, derramando sobre nós as três virtudes teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade. E vem de um modo mais solene no dia em que recebemos o Sacramento do Crisma ou Confirmação, onde recebemos a efusão do Espírito que derrama sobre nós os sete dons: A Sabedoria ou Sapiência, o Entendimento, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade e o Temor de Deus.
O Espírito Santo, para além de derramar as sete grandes colunas cristãs, confere ao cristão doze frutos que são: a Caridade, o Gozo, a Paz, a Paciência, a Benignidade, a Bondade, a Longanimidade, a Mansidão, a Fé, a Modéstia, a Continência e a Castidade.
Importa definir em breves palavras, não só os dons mas, fundamentalmente os frutos do Espírito Santo.
- A Caridade é um fruto do Espírito Santo. A caridade é amor e é o maior dos dons, porque ela não desaparece, existe para além da morte. O céu vive no amor: "A fé e a esperança hão-de desaparecer, mas o amor jamais desaparecerá" (1 Cor. 13,8).
- O Gozo ou alegria é caracterizado por aquelas emoções interiores, aquela alegria interior e satisfação espiritual profunda que o Espírito Santo derrama no coração e na alma. A pessoa sente um gozo inexplicável. Não há palavras humanas que possam descrever o gozo que provém do Espírito Santo.
- A Paz de que falamos não tem nada a ver com os motivos ou sensações externas mas é uma paz e suavidade interior, tal como Jesus disse aos Seus apóstolos: "Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz, não como o mundo a dá mas como Eu a dou" (Jo 14, 27). Jesus é a paz e a suavidade da alma.
- A Paciência suporta as adversidades, as doenças, as contrariedades e perseguições. A paciência é o fruto essencial para que o cristão persevere na sua fé. O cristão paciente dificilmente é demovido da sua fé porque ele suporta tudo com paciência. A alma paciente é mansa e humilde, não se revolta contra o seu Deus mas tudo suporta e aceita.
- A Benignidade é a bondade que vai para além da bondade, isto é, muitas vezes fazemos um bem mas só até certa medida. Porém, a benignidade é a execução desse bem que vai para além do que deveria ser feito.
- A bondade é fazer o bem, desinteressadamente, às pessoas. A pessoa que o faz tem um bom coração, amando verdadeiramente. A resposta de alguém que ama a sério é: "Eu amo porque amo."
- A Longanimidade é a paciência para além da paciência, é quando alguém continua a ser paciente depois de, tantas e tantas vezes, ter sido posto à prova.
- O homem Manso dificilmente se revolta. A mansidão está sempre associada à humildade e à paciência. Jesus diz, quando se refere a Si mesmo: "Vinde a Mim que Sou manso e humilde de coração que Eu vos aliviarei. Vinde a Mim que o meu jugo é suave e a minha carga é leve. Vinde a Mim todos vós que estais sobrecarregados porque Eu vos aliviarei" (Mt 11, 28-30). Este é um grande convite do Sagrado Coração de Jesus a todos nós. A mansidão é contra a ira e contra o ódio. Assim, devemos procurar ser mansos, imitando o Divino Mestre.
- A , para além de ser o fruto do Espírito Santo é uma das virtudes teologais. A fé é um dom muito importante, sem ela desesperamos e desanimamos ao longo da nossa caminhada, feita de altos e baixos, com muitas dificuldades. Sem a fé, o cristão chega a certa altura, depois de muitas dificuldades desiste e começa a levantar interrogações e deixa de praticar o bem, deixa de ir à Missa e diz: "Afinal, os que não vão à Missa, têm uma vida melhor do que a minha. Então, que me adianta ir à Missa e rezar?". A fé leva o cristão a manter-se firme na sua caminhada mas esta fé tem que ser conservada e protegida. Uma das maneiras é a oração que aumenta e protege a fé. A oração mantém-nos no caminho da fé e no caminho da salvação, por isso é indispensável.
- A Modéstia relaciona-se com o ser discreto. A modéstia é contra a ostentação e a exibição. A modéstia é o pudor que deve acompanhar todo o cristão pois nele habita Deus. Como tal, devemos respeitar o nosso próprio corpo, não o expondo como um mostruário. Alertai aquelas pessoas que se vestem com mini-saias, decotes exagerados, blusas transparentes, calças exageradamente apertadas, apresentando os contornos do corpo. Podemos usar roupas bonitas e arranjadas com o devido pudor e respeito pelo corpo.
- A Continência é um fruto do Espírito Santo. O homem continente sabe equilibrar-se, dominando a sua sexualidade. Sabe guardar-se e proteger-se. A continência é uma grande virtude. Se os homens e as mulheres de hoje possuíssem esta grande virtude, não haveria em muitos lares tanta tristeza, tanto aborrecimento porque todos saberiam manter a castidade e a pureza. A continência é o domínio de si mesmo em relação aos instintos sexuais.
- A Castidade é um fruto que leva o homem ou a mulher a manter a pureza do corpo e, consequentemente, a pureza da alma, não se deixando manchar, caindo em pecados contra o 6º e 9º Mandamentos. O sexto mandamento diz: "Guardai castidade nas palavras e nas obras"; e o nono mandamento diz: "Guardai castidade nos pensamentos e nos desejos."
S. Paulo, referindo-se aos esposos, fala da Fidelidade dizendo que aquele que é fiel à sua mulher, conserva a castidade e vice-versa. Por isso, S. Paulo quando se refere à fidelidade quer expressar a castidade também no casamento.
Estes doze frutos do Espírito Santo devem suscitar no cristão o desejo e o esforço de os conquistar. Para isso, deverá pedi-los e suplicá-los ao Espírito Santo porque a quem Lhe pede, Ele os dará. Se não os pedirdes, Ele ficará à espera. Contudo, com as preocupações, o corre-corre e a luta pela vida, muitas vezes esquecemo-nos de valores tão sublimes e elevados.
S. Paulo, ao falar dos frutos do Espírito Santo, lembrou os conceitos opostos a estes frutos que são as paixões, referindo-as como obras da carne: bebedeiras, orgias, ira, contendas, partidarismo, ciúme, ódio, inveja, adultério, fornicação. "Os que praticarem tais coisas, não herdarão o Reino de Deus" (Gl 5, 19-21). E, acrescentando,
S. Paulo diz-nos: "Devemos viver segundo o Espírito e não segundo a carne" (Gal. 5,16) e acrescenta: "Quem vive da carne colherá a morte, mas quem vive segundo o Espírito colherá a Vida Eterna" (Gl 6, 8).
Devemos rezar com mais assiduidade ao Espírito Santo, confiando na Sua acção e santificação na Igreja e nas almas. Sem a ajuda e o impulso do Divino Espírito Santo, nada se pode fazer ou cumprir para agradar a Deus ou à Santíssima Trindade, para seguir o verdadeiro caminho.
Os cristãos devem cultivar um amor ardente e mais confiante no Espírito Santo. A devoção ao Espírito Santo é uma devoção necessária para o cristão, uma vez que o Sagrado Coração de Jesus é inseparável do Espírito Santo, ou seja, ser devoto do Sagrado Coração de Jesus implica ser devoto do Espírito Santo que deve ser assiduamente invocado, rezado, convidado e procurado, pois só Ele nos impulsiona à prática do bem.
O Espírito Santo é a alma e o motor da Igreja, é Ele que vem conduzindo a Igreja ao longo do tempo e irá conduzi-la até ao fim dos tempos.
O Espírito Santo é o dom de Deus para a alma do cristão, é o amor e a suavidade do Pai e do Filho, Ele é o espírito da fortaleza. Foi Ele que deu aos mártires a força de morrerem, corajosa e alegremente, pela causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela causa do Evangelho. O Espírito Santo dá a coragem e a energia para que o cristão possa prosseguir no caminho da fé e da salvação.

20 de set. de 2016

Fazer tudo com espírito sobrenatural!

Quem se dispõe verdadeiramente a seguir os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo, não caminha, mas voa nas vias da virtude. E justamente por isso, faz de sua vida um contínuo sacrifício de louvor, desejando antecipar cada vez mais o dia em que o convívio com a Santíssima Trindade será eterno. A vida dos santos nos dá prova que, independentemente da vocação à qual foram chamados, ao longo de sua caminhada neste vale de lágrimas, não sabem senão falar com Deus ou de Deus para todos

Santa Teresinha do Menino Jesus..jpg os que os rodeiam.

Santa Teresinha do Menino Jesus, como mestra de noviças no Carmelo de Lisieux, tinha um profundo zelo pela boa formação de suas subalternas, não perdendo nenhuma ocasião de dar-lhes algum ensinamento por meio de palavras e, principalmente, de exemplos. Certa vez em que a comunidade se ocupava com a lavagem das roupas, tocou o sino que indicava o término das funções e convidava todas à oração.

Porém, como ainda faltasse muito por ser feito, a superiora julgou conveniente prolongar os trabalhos por mais algum tempo. Santa Teresinha, então, observando que uma das noviças trabalhava com especial ardor, aproximou-se dela e perguntou: 

16 de set. de 2016

Décimo Mandamento da Lei de Deus

O preceito de “não cobiçar as coisas alheias” é o último Mandamento do Decálogo. E como toda a Lei de Deus, este não deve ser interpretado de maneira negativa, como por exemplo, desprezo dos bens materiais. Muito pelo contrário, o preceito de “não cobiçar as coisas alheias” é aquele que dá real valor e significado aos bens deste mundo. Ensinando-nos a sua vocação e destino de estarem a serviço do homem, de serem possuídos pelo homem e, de jamais colocarem o homem a seu serviço. O Décimo Mandamento está a favor da liberdade interior dos filhos de Deus e da sua altíssima vocação de governar o mundo em nome do Criador.
O homem foi criado para a liberdade, no entanto, essa liberdade se encontra ameaçada pela concupiscência. Entre as concupiscências existe a “concupiscência dos olhos” (1Jo 2,16). Esta é um desejo desordenado suscitado pelos bens materiais, objetos de posse. Visando a proteção do homem contra o apego desordenado destes bens e, também, proteger as relações humanas dos perigos causados por essa desordem Deus nos dá o Décimo Mandamento.
No entanto, para ser vivido, o Décimo Mandamento reclama a virtude cardeal da temperança. Esta virtude colabora para que a liberdade humana prevaleça sobre as paixões e os instintos que arrastam o homem para o mundo material. Assim, é aliada do homem, seja na luta contra a concupiscência da carne, seja na luta contra a concupiscência dos olhos. A temperança é a virtude que modera o apetite sensível, ou seja, modera aquelas paixões humanas que induzem instintivamente à satisfação de alguma necessidade com o prazer que a acompanha.
É próprio do homem, do seu crescimento e realização, passar da fase infantil, dominada pelo “princípio do prazer”, para a fase adulta caracterizada pelo “princípio do bem moral”, pessoalmente reconhecido e assumido como critério diretivo das opções humanas. A temperança é a virtude que dá qualidade a essa liberdade adulta. Esta virtude nunca poderá ser vista como uma simples repressão das paixões e instintos, muito pelo contrário, esta dá aos instintos e paixões um significado novo, qualitativo, harmoniza-os como que num comboio de caminhões em direção, dentro da totalidade do ser, ao Único e verdadeiro Bem.
Como na vida espiritual, aquilo que é perceptível exteriormente é, muitas vezes, reflexo da vida interior. O Décimo Mandamento é um preceito que nos revela o interesse de Deus pelo coração do homem. Poderíamos compreendê-lo como um aprofundamento do Sétimo Mandamento. Este visa legislar sobre o ato externo do homem na sua relação com os bens materiais. Já o Décimo Mandamento legisla sobre o ato interno, sobre o coração, de onde surge toda a maquinação para o cumprimento do ato externo. Então, partindo do preceito divino, guiado pela virtude da temperança e sustentado pela graça de Cristo, o homem empreende uma belíssima viagem rumo à pobreza de coração. A pobreza de coração é o ponto de chegada onde o Senhor nos quer levar a partir do preceito.

13 de set. de 2016

V Romaria do Apostolado do Oratório a Canindé CE

Arautos do Evangelho promovem
V Romaria ao Santuário São Francisco das Chagas 
em Canindé CE


O maior santuário franciscano das Américas recebeu neste mês de agosto, 28, a V Romaria do Apostolado do Oratório – Maria Rainha dos Corações, promovida pela Associação Privada Internacional de Fiéis de Direito Pontifício Arautos do Evangelho, unindo-se pela fé, aos 2,5 milhões de romeiros franciscanos de todo o país que visitam a cada ano esta cidade do sertão cearense.


A peregrinação, conduzida por dois sacerdotes arautos, Pe. David Francisco, EP e Pe. Juan Villanueva, EP, encheu a Basílica de São Francisco das Chagas com simpatizantes, membros e coordenadores do Apostolado do Oratório das cidades de Barbalha, Eusébio, Pacajus e de paróquias da capital Fortaleza.

A mais antiga oração mariana

"À vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai‑nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!".
Latim:
"Sub tuum praesidium confugimus, sancta Dei Genetrix; nostras deprecationes ne despicias in necessitatibus nostris, sed a periculis cunctis libera nos semper, Virgo gloriosa et benedicta".
A oração "Sub tuum praesidium" (À vossa proteção) é a mais antiga oração a Nossa Senhora que se conhece. Encontrada num fragmento de papiro, em 1927, no Egito, remonta ao século III. Tem uma excepcional importância histórica pela explícita referência ao tempo de perseguições dos cristãos ("Estamos na provação" e "Livrai‑nos de todo perigo) e uma particular importância teológica por recorrer à intercessão de Maria invocada com o título de Theotókos (Mãe de Deus). Este título é o mais importante e belo da Virgem Santíssima. Já no século II era dirigido a Maria e foi objeto de definição conciliar em Éfeso em 431. O texto primitivo do qual derivam as diversas variações litúrgicas (copta, grega, ambrosiana e romana) é o seguinte: "Sob a asa da vossa misericórdia nós nos refugiamos, Theotókos; não recuseis os nossos pedidos na necessidade e salvai‑nos do perigo: somente pura, somente bendita".

9 de set. de 2016

As solenes pompas da natureza

A paisagem é serena, quase monótona, porém, estuante de vida. Nas florestas tropicais tudo é generosidade.
Abundância de vida, luz e calor. Sob a selva escondem-se maravilhas do reino mineral, da fauna e da flora. O verde reveste o panorama como um manto de esmeraldas, apenas entrecortado por um imenso caldal: é o Amazonas. O maior rio do mundo. Suas águas avançam em
um suave murmúrio. Discretas, mas impetuosas, se diria invencíveis. Tão volumosas que fazem o próprio oceano recuar.
Rio Amazônas desembocando no Mar Atlântico
De fato, o Amazonas é o maior rio do mundo tanto em volume quanto em extensão. Possui mais de mil afluentes e forma uma bácia hidrográfica de 7 milhões de Km², o equivalente a Europa Ocidendal. Em alguns trechos atinge 100m de profundidade e 190 Km de largura. Um quinto das águas fluviais do mundo desembocam do Rio Amazonas e seu caudal equivale a soma do volume de água dos 10 maiores rios do mundo.  Nasce no Peru, a 160 Km do Lago Titicaca, aos pés do Nevado Mismi, a aproximadamente 5.000 metros de altitude, e após quase 7.200 km, dos Andes ao Atlântico,[1] desemboca em um Estuário de 330 Km, o qual possui a maior ilha marítimo-fluvial do mundo, a ilha de Marajó. Por esses predicados é chamado The River Sea, O Rio Oceano. É o Rio da Grandeza! Não somente por suas proporções. Até mesmo sua história nasce adornada pelos  louros da aventura e pelas glórias reais do maior império marítimo da História.
O império onde o sol não se punha
Carlos V
O Império de Carlos V foi verdadeiramente um dos maiores da Humanidade. Dizia o monarca espanhol que em seu Império o sol não se punha; e era real. No Continente Europeu, era soberano da Península Ibérica e Itálica, assim como de numerosas províncias flamengas e austríacas. Possuía domínios na África, Índia e em vários arquipélagos do Extremo Oriente. O imperador reinava também sobre a maior parte da América.
Vicente Pizón
Um território tão amplo se devia em grande parte a um hábil corpo de exploradores que perscrutavam as riquezas destas longínquas terras. Um desses aventureiros foi Vicente Pizón. Segundo alguns historiadores, foi o primeiro cristão a contemplar o Amazonas ainda no ano de 1500. O imenso rio foi batizado pelo explorador de Río Santa María del Mar Dulce, em homenagem Àquela que lhe tinha protegido contra tantos perigos encontrados ao longo de sua expedição, graças a esta proteção ele, por fim, pôde conhecer o oceano de águas doces.
Francisco Orellana
Todavia, não foi o primeiro europeu a navegar por toda extensão dessas águas, cujo tamanho, perigo e riqueza, eram ainda desconhecidos. Em 1541, Francisco Orellana (1490-1550) em demanda do lendário El Dorado, começou a exploração do rio sagrado que os Incas chamavam de Rio Orinoco , na Venezuela, riquíssimo em ouro. O descobridor penetrou na Amazônia deparando-se com um rio ainda maior que o Orinoco, podendo descrever uma incrível viagem pelo extraordinário emaranhado de afluentes.
Em certo ponto da viagem, Orellana travou um acirrado combate com mulheres guerreiras  que lhes disparavam flechas e dardos de zarabatana. Voltando a Europa, narrou o fato a Carlos V, que, inspirado nas guerreiras hititas da mitologia clássica as quais portavam arcos e montavam cavalos de guerra, passou a chamar o rio de Amazonas.
O explorador Orellana descreveu as amazonas do Rio sul-americano como:“Mulheres altas e adestradas ao combate. Habitavam casas de pedra e acumulavam metais precisosos”. Na verdade, era a tribo dos yaguas, indígenas que usam uma longa cabeleira e ainda hoje habitam a região da confluência dos rios Napo e Negro.[2]Diz-se também que o nome Amazonas é de origem indígena, da palavra amassunu, que quer dizer “ruído de águas, água que retumba”.
Vida em abundância
Sob essas volumosas e serenas águas encontram-se raras e extraordinárias riquezas. Mais de 3.000 espécies de peixes foram encontradas neste rio,  superando em variedade o Oceano Atlântico. Dentre elas, algumas se destacam pela beleza, como os peixes ornamentais, ou então, os botos: animais semelhantes aos golfinhos que atingem 2,6m de comprimento dotados de cores prestigiosas como o azul e o rosa. Menos simpático que os botos são as piranhas, terríveis peixes carnívoros. Ou ainda o Poraquê, um animal aquático que emana ondas elétricas de até 500 volts. Em suas águas também vive o maior peixe de água doce do mundo, o pirarucu, quepossui cerca de três metros de comprimento e 200 Kg, enriquecendo com seu sabor o cardápio popular.
Pororoca do Rio Amazonas em Chaves, Ilha de Marajó - PA
Outra curiosidade do Amazonas é o fenômeno da Pororoca, conhecido nos rios europeus como mascaret ou bore. Trata-se de uma elevação repentina de grandes massas de água junto a foz, provocadas pelo movimento das marés. Após o oceano ter suas águas empurradas cerca de 160Km pelo Amazonas onde a salinidade do mar é muito baixa, ao subir da maré, o mar invade o rio formando ondas que podem atingir seis metros de altura e cinqüenta quilômetros por hora. Esta poderosa vaga pode durar até trinta minutos. As águas do oceano adentram no rio arrastando árvores e embarcações. O rio recua ante a impetuosa vingança do mar, mas, em seguida, sereno e vitorioso, o Amazonas volta a seu curso normal depois do duelo com o Atlântico.

Uma realidade superior
As grandezas deste rio faz lembrar realidades superiores. De fato, toda criação é uma imagem dos seres espirituais e do mundo sobrenatural. O Amazonas poderia ser denominado como o rio da grandeza. Não só pelos seus títulos e predicados, mas sobretudo, pelo que representa da vocação dos povos que irriga. Quantos missionários verteram o seu sangue pela Fé junto àquelas águas? Inúmeros. E o resultado foi  surpreendente. Hoje, as jovens nações da América Latina, com apenas 500 anos de história e 200 de independência, somam cerca da metade dos católicos no mundo. [3] Estas nações de etnia negra, índia e européia, além de unidas pela origem de seus idiomas, pela nova raça oriunda da miscigenação, também o são pela irmandade espiritual do batismo. Formam pela fé católica apostólica romana um só conjunto.
O Amazonas com suas riquezas  parece refletir como um enorme espelho as maravilhas postas pela graça de Deus na alma sul-americana.
Ele também simboliza algo ainda mais sublime. Uma realidade espiritual, ao mesmo tempo visível: A Santa Igreja Católica. Esta é como um vasto rio, de quase dois mil anos, feito com uma água puríssima e com sua nascente muito mais alta que a do Amazonas, pois nasceu do lado aberto de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Igreja avança invencível na História, fecunda com suas ricas e férteis águas, todas as personalidades, nações e instituições. Quantos solos outrora áridos, graças a Ela, se tornaram férteis e têm dado à humanidade flores das mais belas e perfumadas, e produzido frutos robustos.

6 de set. de 2016

Unidade na variedade...

Quem nunca se deteve diante de um bonito animal e desejou quase instantaneamente prolongar os deleites daquela visão prazerosa tirando uma fotografia? Poucos, por certo, se é que houve alguém. Contudo, apesar de ser grande o contingente dos observadores, não muitos dentre eles estão dispostos a fazer a respeito disso uma análise profunda, buscando saber de onde se desprende este encanto que tanto os atrai. 
Há no universo um número incontável de seres. Cada qual possui características que o

4 de set. de 2016

(NOVO) Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem, traduzido da edição francesa

Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem
Edição Ilustrada
(Traduzido da edição francesa: Traité de la Vraie Dévotion a la Sainte Vierge, 50 Edition - 1966, Paris - França)
R$17,00
Brochura
Dimensões: Altura: 21cm; Largura: 14cm; Peso: 0,330kg
Nº de Páginas: 232; Editora Retornarei, edição 2016

2 de set. de 2016

Receita de pizza da casa

A pizza dos Arautos

Seus criadores foram mesmo os italianos. Mas existem várias hipóteses para explicar a chegada do ancestral da pizza à Itália. A principal delas conta que, três séculos antes de Cristo, os fenícios costumavam acrescentar ao pão coberturas de carne e cebola. Só que o pão deles era parecido com o pão sírio, redondo e chato como um disco. A mistura também foi adotada pelos turcos, que preferiam cobertura à base de carne de carneiro e iogurte fresco. Paulo Eduardo Roque Cardoso