25 de dez. de 2017

Feliz e Santo Natal

Ceia de Natal dos Arautos
 em Fortaleza


Conduzida por uma jovem do ramo feminino dos Arautos do Evangelho, a singela imagem do Menino Jesus segue cortejo, formado por cooperadores dos Arautos que trazem a imagem do Imaculado Coração de Maria.


Assim, sob as bênçãos do Pe. David Francisco, EP, davam-se continuidade às solenidades natalinas dos Arautos em Fortaleza após Celebração Eucarística realizada na Casa São José desta comunidade religiosa. Familiares e amigos dos Arautos, formando uma só família e animados pela presença de Jesus e Maria se dirigiram para o campo e ali rezaram juntos com o sacerdote, que abençoando os alimentos oficializava o início da Santa Ceia.
  




Naquela mesma noite de comemorações em torno do Nascimento de Jesus Menino foi projetado, em telão, um breve histórico das atividades realizadas ao longo do ano de 2017.

Um Santo e Feliz Natal


21 de dez. de 2017

O Nascimento do Amor e do Combate

Não nascemos,
senão, para a luta!
O afeto materno de Maria dá força
ao mais glorioso dos guerreiros

As circunstâncias que cercaram esse nascimento, se vistas meramente com olhos humanos, cumulam-no de transtornos e deficiências, contradizendo os critérios mundanos segundo os quais os reis são recebidos com toda a pompa e luxo. Mas para quem tem olhos de fé trata-se da vinda ao mundo do mais glorioso dos guerreiros, que não desejou um berço para repousar, pois não veio em busca do descanso, mas da luta; que não Se importou com o frio, pois um combatente está disposto a tudo enfrentar para cumprir sua missão; que não temeu a pobreza, dando o exemplo de que um cavaleiro só deve confiar no Céu para obter a vitória; que, ainda antes de falar ou caminhar, já sabia esquivar-Se de seus inimigos e, com astúcia divina, lograr um Herodes.

Por outro lado, quis o carinho de Maria, a Mãe perfeita, pois um guerreiro precisa do calor do afeto materno a fim de ganhar forças para a luta; quis a presença de São José, pai inigualável, silencioso, que só por sua presença inspirava confiança.

Na fria gruta de Belém despontavam todos os esplendores da Santa Igreja e da Civilização Cristã. Havia cinco milênios que a humanidade esperava a união dos Céus à terra. Na noite em que Deus feito Homem nasceu, esse plano realizou-se em Maria Santíssima e no coração do servo a quem Deus tanto amava, São José. Só eles, entretanto, viam toda a grandeza do que se passava: de forma simples e escondida, a vitória sobre os maus e a derrota do demônio estavam decididas para sempre.

(Extraído do livro São José: Quem o conhece?..., Cap. IX, pág. 235, de Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, EP)

19 de dez. de 2017

O Tempo do Natal


As solenidades do
 Tempo do Natal
Deus tornou-se Homem,
para que os homens se tornassem divinos.

Depois da Páscoa, a mais venerável e solene das festas da Igreja é o Natal do Senhor. O Tempo do Natal é comemorado com gáudio (cor branca), pois a geração de Cristo é a origem do povo cristão: “o natal da Cabeça é também o natal do Corpo” (São Leão Magno).

Origem

Santo Agostinho explica a data da celebração do Natal do Senhor da seguinte forma: sendo a concepção do Redentor consumada no dia 25 de março, seu nascimento só poderia ter ocorrido nove meses depois, quando a gestação no claustro puríssimo de Maria estivesse completa, ou seja, no dia 25 de dezembro. Tendo em conta que o Natal do Senhor coincida com a festa pagã do Sol invicto dos romanos (solstício do inverno em que o sol começa a vencer as trevas no hemisfério norte), os cristãos assumiram-na dando-lhe, entretanto, seu verdadeiro sentido: celebrar o nascimento do autêntico Vencedor, o Sol de Justiça. Existem indicações claras a respeito da fixação desta data, tanto no Oriente quanto no Ocidente, que remontam ao século IV.

Duração

O Tempo do Natal estende-se desde as primeiras Vésperas da Solenidade do Natal do Senhor até a Solenidade do Batismo do Senhor (domingo após a Epifania).

Os oito dias que sucedem ao Natal são celebrados como se fossem um único dia: é a Oitava de Natal.

No domingo depois do Natal celebra-se a festa da Sagrada Família. A oitava natalina encerra-se com a Solenidade de Maria, Mãe de Deus (1 de janeiro). Assim, o Ano Novo inicia-se sob a proteção da Santíssima Virgem, que deu ao mundo o Salvador. Neste dia, em que foi posto ao Divino Menino o Santíssimo Nome de Jesus, Nossa Senhora é proclamada pela Liturgia como “Mãe de Cristo e Mãe da Igreja”, Aquela que tem “ao mesmo tempo o gozo da maternidade e a glória da virgindade”.

A Solenidade da Epifania do Senhor, celebrada no dia 6 de janeiro por costume igualmente antigo, comemora a manifestação do Salvador aos gentios, começando com a adoração dos Magos vindos do Oriente (Mt 2,1).

Santo Estêvão, o Protomártir,
mártir de fato e de desejo.
Com a Solenidade do Batismo do Senhor inicia-se a missão pública do Salvador, o “Filho predileto” do Pai (Mt 3,17). Esta celebração litúrgica recorda também o primeiro milagre de Jesus Cristo em Caná, onde Ele “manifestou sua glória e seus discípulos creram nele” (Jo 2,11)

Simbolismo

Na oitava de Natal estão incluídas importantes festas: Santo Estêvão, o Protomártir (26 de dezembro); São João, Apóstolo e Evangelista (27 de dezembro) e os Santos Inocentes (28 de dezembro). A esse respeito, explica São Bernardo que Nosso Senhor Menino quis ser circundado de mártires, pois São João é mártir de desejo, os Santos Inocentes são mártires de fato e Santo Estêvão é mártir de fato e desejo.

No dia do nascimento do Senhor, segundo a antiga tradição romana, os sacerdotes podem celebrar três missas. Estas comemoram a adoração do Senhor em círculos concêntricos: pela Santíssima Virgem, São José e os Anjos, na intimidade da Sagrada Família (Missa da Noite); pelos pastores, como as primícias de Israel (Missa da Aurora); e por todos o homens que O quiserem receber (Missa do Dia).

Deus tornou-se Homem, ensina Santo Agostinho, para que os homens se tornassem divinos. 


11 de dez. de 2017

3 - O Ano Litúrgico: Domingo, Cerne do Ano Litúrgico

O Domingo
Núcleo do Ano Litúrgico

Materialmente, o Ano Litúrgico pode ser considerado como uma sucessão de 365 ou 366 dias, ou ainda, liturgicamente e em sentido lato, designa os 52 domingos, cada qual com sua semana e as festas ocorrentes. Ou seja, tem como célula-base o domingo, uma das principais realidades do cristianismo que remonta ao tempo dos Apóstolos.

Para os primeiros cristãos, sobretudo aqueles oriundos do judaísmo, o sábado era considerado o último dia da semana, especialmente dedicado ao culto. Entretanto em pouco tempo, o domingo prevaleceu como o dia destinado ao louvor. Não houve, portanto, uma mera substituição: ele é o cumprimento e plenitude do sábado, e este é sua prefigura e profecia preparatória.

Entre os israelitas o nosso domingo era definido como “o primeiro dia depois do sábado”, no sentido cristão, porém, recebe dupla compreensão, pois recorda a criação do mundo quando, “no primeiro dia”, Deus criou a luz e assume maior significado quando consideramos que a nova criação teve início no primeiro dia da semana, quando o Senhor do Universo venceu a morte pela sua ressurreição. É o “dia do Senhor” (dies dominica), formulação empregada pela primeira vez no Apocalipse de São João. Rapidamente o adjetivo (dominica) converte-se em substantivo e passa a denominar com toda a propriedade o dia dedicado, de modo especial, ao louvor e à ação de graças a Deus.

O Domingo é o dia dedicado, especialmente, ao louvor e à ação de graças a Deus
Gravura da Ressurreição do Senhor - Basílica Nossa Senhora do Rosário - Caieiras SP
O domingo é fundamento e núcleo, mas de modo algum encerra todas as riquezas do Ano Litúrgico. Ele irradia a luz pela qual os mistérios da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo e a fundação de Seu Corpo Místico fazem sentido: esse brilho é a Páscoa do Senhor. Contudo, ao longo dos séculos, a Santa Igreja foi estruturando e acrescentando outras festividades. Assim, durante o Ano Litúrgico, com uma série de solenidades, a Igreja honra a Santíssima Trindade, celebra a obra da Redenção, obsequia a Virgem e os Santos, roga e faz rogar pelos fieis defuntos. Não há dia que não teve o signo da santidade: a Igreja imprime ao fugaz do tempo o selo espiritual e eterno.