28 de jan. de 2018

Cursos de Consagração a Maria em andamento


Hilton Alan Araruna Vasconcelos
Maria é nossa 
e nós somos de Maria

Os Arautos do Evangelho em Fortaleza, estão conduzindo, no momento, Cursos de Consagração a Nossa Senhora em três diferentes lugares: na residência dos Arautos, bairro Luciano Cavalcante; na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Conjunto Ceará e na Paróquia São José de Ribamar, município de Aquiraz, localizado na grande Fortaleza.                                                                                                                                      
Em Aquiraz, Cooperadores Arautos se revezam realizando as reuniões na própria Igreja Matriz, a segunda igreja mais antiga do Estado do Ceará, localizada na Praça da Matriz, no centro dessa cidade.

Na Igreja Matriz de São José de Ribamar, em Aquiraz (CE), Arautos Cooperadores conduzem o Curso de Consagração a Jesus, pelas mãos de Maria Santíssima

Foram realizados, até o momento, seis encontros, com a participação, em média, de quinze pessoas. Entre os ouvintes, jovens e adultos, ministros da comunhão e assistentes da igreja, dos quais adquiriram alguns exemplares do Tratado da Verdadeira Devoção, de São Luís Montfort e livros de São José, escrito por Mons. João João Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho.

Nosso Senhor diz: "Sem Mim nada podeis fazer", do mesmo modo, sem o auxílio de Nossa Senhora nossas ações não atingem os corações das almas. Assim, as reuniões são sempre antecedidas da recitação do terço, seguida da formação doutrinária, complementada e transmitida com o recurso da projeção de slides para facilitar o aprendizado.

No segundo encontro, o Ir. Geraldo Cúrcio, EP esteve presente respondendo às muitas dúvidas dos presentes sobre a consagração a Nossa Senhora e, em seguida, conversou com o pároco, Cônego Edson da Cruz Sousa. 

Cooperador dos Arautos do Evangelho em reunião com participantes do 
curso de consagração a Nossa Senhora no salão paroquial
 da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Conjunto Ceará - Fortaleza

Procissão, bênção das velas e Santa Missa


Nossa Senhora das Candeias

No próximo dia 02 de fevereiro, sexta-feira, às 19:30 hs,
será celebrada Santa Missa em honra a Nossa Senhora das Candeias,
 na Casa São José, sede dos Arautos do Evangelho.
Av. Cel. Francisco Flávio Carneiro, 190 - Luciano Cavalcante - 3272.2413

A celebração religiosa será precedida de procissão
no recinto interno desta comunidade com bênçãos das velas.

Profecias de São Pio de Pietrelcina
 e a bênção das velas

As profecias de São Pio de Pietrelcina falam de três dias de trevas que abalarão a Terra.

28 de janeiro de 1950

Mantenha suas janelas bem cobertas. Não olhe para fora. Acenda uma vela benta, o que bastará por muitos dias. Reze o Rosário. Leia livros espirituais. Faça atos de comunhão espiritual, também atos de amor, que são tão agradáveis ​​para nós. Ore com os braços estendidos, ou prostre-se no chão, para que muitas almas possam ser salvas. Não saia de casa. Guarde alimentos antes o suficiente. Os poderes da natureza serão movidos e uma chuva de fogo fará tremer as pessoas de medo. Tenha coragem! Estou no meio de vós...

7 de fevereiro de 1950

Furacões de fogo se derramarão das nuvens e se espalharão por toda a terra! Tempestades, mau tempo, raios e terremotos irão cobrir a Terra por dois dias. Uma chuva ininterrupta de fogo ocorrerá! Começará durante uma noite muito fria. Tudo isso é para provar que Deus é o Mestre da Criação. Aqueles que esperam em Mim, e acreditam nas minhas palavras, não tem nada a temer porque não os abandonarei, nem as que divulgam a Minha mensagem. Nenhum mal virá para aqueles que estão no estado de graça e que procuram a proteção da minha mãe.


22 de jan. de 2018

O mais perfeito dos homens

São José: criado para proteger seu Criador

São José
Tão pouco conhecido e
tão imerecidamente ignorado

Por um supremo desígnio da Sabedoria Divina, Cristo devia nascer de uma Virgem, sem concurso algum por parte de varão. Neste fato maravilhoso, dir-se-ia ter Deus esgotado sua capacidade de realizar milagres na mais bela expressão possível de seu poder, mediante uma exceção natural que, ao mesmo tempo, constitui a operação sobrenatural por excelência: a força do Altíssimo cobriu Maria com sua sombra, e Ela concebeu do Espírito Santo (cf. Lc 1, 35).

Entretanto, quis o Pai que Jesus, assim como fora cuidado e envolto pelos inefáveis carinhos maternos da mais excelsa das mulheres, fosse também protegido e defendido pelo enérgico vigor do mais perfeito dos homens.

Não é à toa que Deus escolheu um varão para ser o protetor terrestre de seu Filho Divino. Por um lado, Ele determinou que Jesus deveria ser em tudo semelhante aos homens, exceto no pecado (cf. Hb 4, 15), e crescer, portanto, no seio de uma família perfeitamente constituída conforme os desígnios do Criador. Mas quis também que o Cristo passasse pelas mesmas vicissitudes pelas quais passaria depois seu Corpo Místico, seguindo seus próprios passos: assim como a Igreja no período de sua “infância”, Jesus também seria perseguido e precisaria de uma forma de proteção especialmente vigilante.

Coube a São José esta glória inédita na História, a de uma criatura proteger seu criador. Podemos daí deduzir a grandeza ímpar de sua alma, tão pouco conhecida e tão imerecidamente ignorada. Com efeito, seria ingênuo crer que sua missão se cingiu apenas em promover a fuga de Jesus para o Egito, e a trazê-Lo de volta, cessado o perigo; esta foi apenas uma das muitas circunstâncias da vida do Divino Menino junto a quem o glorioso Patriarca era chamado a representar a presença de Deus como Pai, numa expressão de vigilância perscrutadora, prudência sábia e força indomável.

Homem sempre pronto para a luta, embora constantemente envolto num clima interior de contemplação e recolhimento, São José foi – no plano operativo – o paradigma do equilíbrio entre combate e diplomacia, cuja arma principal consistia na sua mera ação de presença. Quem, por exemplo, ousaria menosprezar o perigo que ocorreu Jesus no Templo aos 12 anos (cf Lc 2, 46), sozinho no meio daqueles que – escassos 21 anos depois – promoveriam sua Crucifixão? Compreende-se facilmente a aflição de seus pais, encontrando-O naquela situação... Quem pode dizer o que aconteceria, se ali não tivessem aparecido o santo Varão e sua Esposa ambos virgens e terríveis ”como um exército em ordem de batalha” (Ct 6, 4), a irradiar o esplendor da força divina no lugar onde o Menino Deus mostrava apenas a debilidade de sua natureza humana?

São José foi o paradigma do equilíbrio entre combate e diplomacia,
cuja arma principal consistia na sua mera ação de presença
Jesus discutindo com os Doutores da Lei
Igreja do Sagrado Coração de Jesus - São Paulo - Brasil

Ora, este sublime Protetor que o Pai Lhe deu nesta Terra, Jesus no-lo deixou como herança. E São José cuida agora da Igreja, Corpo Místico de Cristo. Assim, se temos na Virgem Santíssima um caminho seguro para alcançar o Coração de Jesus, temos em São José um padroeiro infalível para proteger-nos no percurso e conduzir-nos a bom termo.

(Revista Arautos do Evangelho, No. 179 - Novembro de 2016)



15 de jan. de 2018

Catedral de Fortaleza recebe os Arautos


Arautos do Evangelho
Missa do segundo domingo do mês,
na Catedral de Fortaleza

A Catedral Metropolitana de Fortaleza recebe, sempre no segundo domingo de cada mês, a Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria, dos Arautos do Evangelho, durante a Santa Missa de meio-dia celebrada pelo Pe. Clairton Alexandrino de Oliveira.

Pe. Clairton Alexandrino durante Missa do último domingo, 14 de janeiro de 2018.
Levada ao presbitério por Cooperadores dos Arautos sob os olhares atentos dos fieis que lotam a imensidão da Catedral, a Sagrada Imagem de Maria Santíssima é coroada pelo pároco e permanece após a Celebração Eucarística à espera de seus filhos mais desejosos de manterem com sua majestosa presença uma oportunidade única de elevar uma vez mais suas preces a Nosso Senhor por sua intercessão. 


Anima a liturgia com os sacrais sons do canto gregoriano, o Coral Nossa Senhora da Esperança, dos Cooperadores dos Arautos do Evangelho portando suas belíssimas e alvas túnicas destacadas pela cruz rubra de São Tiago. 




Terminada a Santa Missa, um convívio dos mais agradáveis se estabelece entre aqueles que decidem permanecer no recinto da Catedral por mais alguns minutos. São instantes de agradecer uma graça alcançada, de uma troca de olhares ou simplesmente de admirar a encantadora fisionomia da imagem régia da Mãe de Misericórdia. 


Os Arautos e os fieis, muitas vezes formam rodinhas de conversas, enquanto outros manifestam a alegria de serem fotografados ao lado dos Arautos e da Imagem de Nossa Senhora levando consigo uma celestial recordação daquele Domingo do Senhor.

14 de jan. de 2018

Educando os filhos com Dona Lucilia



Dona Lucília preparou a alma do pequeno
Plinio para compreender a sublimidade
da devoção a Maria Santíssima.
O fundamental papel
de uma autêntica mãe católica

Ser a quintessência da família, do afeto, da diligência, da bondade, da misericórdia, numa palavra, da incansável solicitude: tal é, no lar, o fundamental papel de uma autêntica mãe católica.

Com efeito, para ser inteiramente fiel a seus deveres maternos, importa que a mãe se mostre exímia na educação de seus filhos, nos cuidados com o bem-estar deles e no atendimento às diversas necessidades domésticas. Nisto se assemelha ela à mulher forte exaltada nas Sagradas Escrituras. Mais ainda. Identifica-se com o celeste arquétipo de todas as mães, Maria Santíssima.

Se Maria é sublime modelo de mãe de família, não será verdade que a boa mãe deve ser para seus filhos uma representação viva da Mãe de Jesus?

Contando-nos suas mais remotas recordações de infância, revela-nos Dr. Plinio nas linhas seguintes como Dona Lucília, requintando-se em seus maternais desvelos, preparou suavemente a alma dele para compreender a excelsitude da devoção a Nossa Senhora. Sobretudo, para amá-La com todas as fibras de seu coração.

A mais antiga recordação que guardo de mamãe data do tempo em que eu tinha uns três anos. Lembro-me de vê-la dormindo ao lado de papai, e eu, no meio da noite, tentando passar para a cama deles, junto à qual estava colocado meu berço de criança. 

Nesse período de minha infância era eu muito sujeito a insônias, acordando com frequência durante a noite. E como acontece com toda criança nessas circunstâncias, sentia-me perdido na escuridão, no negrume, na incógnita das horas que não passam, da noite que não acaba, meio ameaçadora e misteriosa. A isso se acrescentava o vago mal-estar que sempre acompanha uma insônia. Aflito, eu me punha de pé e me apoiava na balaustrada do berço, que era o terraço do qual eu considerava o mundo. A penumbra continuava a me envolver, e os minutos se escoavam lentamente . . .

Havia, porém, outro fator que me tornava ainda mais penosos aqueles momentos de insônia. Segundo o costume daquele tempo, as portas da casa de minha avó materna, onde então morávamos, tinham na parte superior uma bandeira de vidro. O que me permitia ver o lustre do corredor contíguo, cuja lâmpada elétrica permanecia acesa a noite inteira.

Durante certo período de sua infância,
Plinio era sujeito a insônias, e como
acontece com toda criança sentia-se
perdido na escuridão.
Quando meu olhar vagueava pela penumbra e encontrava aquela luz imóvel, distante, ela me parecia um símbolo da perenidade da noite. Se pelo menos a luz se movesse como a de uma vela, haveria um símile de vida em torno de mim. Não. . . O único sinal de vida ao meu redor eram meus pais dormindo serenamente, com respirações ritmadas e profundas. Eu olhava para os dois e pensava: “Como eles respiram!”

Por serem ainda muito moços, o sono deles corria caudaloso, abundante, e eu percebia que, despertando-os, iria interromper uma coisa deleitável, pois eles estavam dormindo com muito bem-estar. Donde o meu receio: “Se eu os acordar, dará encrenca. Da outra vez não deu, mas desta dá, e vai piorar a situação. Eles voltarão a dormir, e eu ficarei aqui, sozinho, com um pito em cima da cabeça. Quando é que vem esta manhã, que nunca mais chega?"

Eram ideias que, distintamente, acudiam-me ao espírito. Eu fixava perplexo, perdido . . .

Entretanto, sempre pronta a me socorrer em minhas dificuldades, Dona Lucília costumava deixar abaixada a grade de meu berço, do lado que encostava na cama dela, dando-me a entender assim que eu podia fazer o que quisesse, porque mãe é mãe.

Afinal, depois de tantos temores e angústias, transpunha eu o passo para o qual me solicitava aquela grade previamente abaixada, e tocava em mamãe. Dona Lucilia continuava dormindo. Meu pensamento: “Ela não acorda, mas estou precisando dela mais do que nunca . . .”
Em certo momento, numa manifestação primeva de minha futura truculência, eu decidia: “Bom, vou acordá-la de qualquer jeito!”

Recordo-me que eu, de pé, mal conseguia chegar com meus braços ao nível do colchão dela, mas agarra-me aos lençóis e subia. Sentava-me, literalmente, sobre o peito dela, e abria-lhe os olhos com os dedinhos. Contudo, até mamãe acordar, pairava uma interrogação: “O que vai acontecer quando ela despertar?”

"Eu me sentia inundado de bem-estar,
consolado, e encantado com ela."
Não será exagero dizer que eu já fazia então um tantinho de estratégia política: o avanço, o recuo, os conformes, o estudo da situação. Algo do que eu teria que exercer no futuro, comecei a praticar sentado sobre o peito de minha mãe, abrindo os olhos dela, jogando a cartada do máximo risco para sair de uma aflição extrema.

Finalmente mamãe abre os olhos. “Chegou a hora (pensava eu, receoso). Ou acorda diante de mim um sol de penas, de condescendência e de piedade, ou é um dragão resfolegando indignação: Que é isso?! Sua mãe tem tanta coisa para fazer e você a está amolando a esta hora?”

Eu sentia a minha fraqueza: “Tem mesmo tanta coisa para fazer. Eu sou uma coisa que ela tem para fazer. Eu, acordá-la? Mas, não aguento ficar sozinho . . .”
Porém, de todas as vezes, sem exceção, sentava-se ela imediatamente na cama, pegava o seu travesseiro, sentava-me em cima dele e me tranquilizava:
- Filhinho, o que há?

Em seguida, tomava-me pelo tronco, segurando embaixo dos braços. Brincava comigo, abraçava-me e me beijava. Mais do que o sentido do que ela dizia, impressionava-me profundamente a comunicação do seu afeto inefável. Eu me sentia inundado de bem-estar, consolado, e encantado com ela.

Sobre o calor do afeto materno de sua mãe,
Plinio concluía: "Como ela ninguém. Basta eu
ser bom, que ela será para comigo
um mar de bondade"
Mamãe não me largava enquanto não notasse em mim um sinal precursor do sono. Contava uma história, pegava um brinquedo, improvisava uma distração, contava outra história . . .

Por vezes, meu pai deixava escapar algum resmungo muito pacífico, voltava-se para o outro lado e continuava a dormir sossegadamente. Eu pensava: “Ele não é ela. E se ela fosse como ele, eu me desagregava. Porém, como não é, eu tenho em quem confiar”. De fato, o próprio tom de voz de mamãe me dava a certeza de poder chamá-la sempre, que ela não desmentiria minhas esperanças. Afinal, quando Dona Lucilia percebia que eu estava em condições de dormir, punha-me de volta no meu berço. Creio, porém que ela permanecia ainda algum tempo acordada, a fim de ver se o filho retomava o sono, pois nunca me aconteceu de acordar de novo e dar com ela dormindo.

Imergindo eu outra vez no reino dos sonhos, a noite terminava com um primeiro e mais antigo lance de minha biografia.

Essas pequenas e passageiras tragédias noturnas, nas quais entretanto experimentava eu a incansável solicitude de mamãe, levavam-me quase instintivamente a comparar Dona Lucilia com outras pessoas mais velhas da casa. E eu chegava à seguinte conclusão: “Como ela, ninguém. Basta eu ser bom, que ela será para comigo um mar de bondade. Mas, se eu não o for, ela será minha adversária irredutível”.

Todas essas manifestações de carinho de mamãe em relação a mim, todo esse contato com esse infatigável desvelo, preparava-me e me predispunha para algo de muitíssimo mais elevado, isto é, a devoção a Nossa Senhora.

A boa mãe nunca acha tedioso ou 
monótono estar com o filho. Tê-lo nos
braços constitui uma de
suas maiores 
alegrias.
Nossa Senhora da Confiança
Com efeito, quando rezo a Salve Regina e o Memorare, tenho a impressão de abrir os olhos de Maria, como eu fazia com mamãe. Não que eu me atrevesse a pôr meus dedos – no sentido literal da palavra – nas pálpebras celestiais da Mãe de Deus. Mas, seria como dirigir-se a Ela de modo a abrir para mim a sua insondável misericórdia, como os meus dedos abriam os olhos de mamãe. Isto se entende, considerando que a súplica do filho aflito sempre é ouvida, e pode ele apresentar seus problemas com confiança, pois nunca será mal recebido.

Dessa maneira, a alma da criança, em contato com a mãe digna desse nome, começa a compreender o que é a bondade que não se cansa, a graça, o favor, o amor que não se exaure, aquela forma de afeto materno que nunca acha tedioso ou monótono estar com o filho. Tê-lo nos braços, brincar com ele, ser importunada durante o dia com perguntinhas, etc., constitui a alegria da vida para a boa mãe.

E assim compreendemos também, e melhor, o papel de Nossa Senhora em relação aos homens. Pois alguém que, no limiar de sua existência, seja assistido por uma boa mãe, poderá levar uma vida difícil, mas a recordação da figura materna, evocando os aspectos paradisíacos e inocentes de sua infância, alimentará nele a esperança do Paraíso Celeste, onde nos espera a boa Mãe por excelência, a Mãe das mães, Maria Santíssima.

(Revista Dr. Plinio, No. 02 - Maio de 1998)






12 de jan. de 2018

Novo Curso de Consagração

Consagre-se 
a Nossa Senhora

Próxima terça-feira, 16 de janeiro, terá início um novo Curso de Consagração a Nossa Senhora, na Casa São José, sede dos Arautos do Evangelho em Fortaleza, com término para o dia 25 de março, festa da Encarnação do Verbo.

O curso é fundamentado no Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, do santo francês São Luís Maria Grignion de Montfort, o incansável missionário do amor a Jesus, por Maria.


As reuniões conduzidas pelo Irmão Geraldo Cúrcio, EP serão realizadas sempre às terças-feiras a partir das 20:00 hs, após a Santa Missa que é celebrada diariamente na Sede dos Arautos.

Informações pelos fones: 3272.2413 – 9.8506.9408
Endereço: Av. Cel. Francisco Flávio Carneiro, 190 - Luciano Cavalcante


11 de jan. de 2018

O Cálice da Primeira Missa

Venerado na Catedral de Valência,
Espanha, o cálice da Primeira Missa
foi utilizado pelos Papas 

dos primeiros tempos.
"do mesmo modo, terminada a ceia,
 tomou este cálice glorioso
 em suas santas 
e veneráveis mãos..." 
Se você leitor, tivesse podido participar da última Ceia, já imaginou com que cuidado procuraria guardar na memória  tudo quanto ali ocorreu?

Cada gesto de Nosso Senhor, cada palavra d'Ele seria como um valioso tesouro de recordações para o resto de sua vida.

Mas a realidade foi outra. Apenas os Apóstolos estavam à mesa com Jesus, quando Ele celebrou a Primeira Missa. Somente eles?

Para Deus não há tempo, tudo é presente. E por isso, Nosso Senhor Jesus Cristo, ao celebrar a Última Ceia, não tinha diante de Si apenas os Doze Apóstolos. Como Deus, Ele considerava também todos os membros da Igreja que ao longo dos séculos participariam do banquete eucarístico e se alimentariam de seu Corpo e Sangue. Na Santa Ceia, Ele nos tinha em vista, a todos nós, a você, leitor, e rezava ao Pai Celestial pela salvação de cada um. E, nesse sentido, nós também estivemos lá.

Por esse motivo, quando participamos da Celebração Eucarística e ouvimos o sacerdote pronunciar as palavras da Consagração, podemos fazer-nos presentes na Última Ceia, à mesa com Jesus, ouvindo seus divinos ensinamentos, recebendo de suas adoráveis mãos o Pão Eucarístico, bebendo seu Preciosíssimo Sangue ou encostando a cabeça no peito do Senhor e ouvindo o pulsar de seu Divino Coração.

Isso torna-se mais facilmente sensível quando estamos diante de uma das mais preciosas relíquias de Nosso Senhor Jesus Cristo: o Cálice que Ele usou na Última Ceia para consagrar o vinho. Poucos Papas tiveram o privilégio de celebrar com ele a Santa Missa. Levado para Roma por São Pedro, foi utilizado pelos Papas dos primeiros tempos, na Celebração Eucarística.

Segundo os historiadores, no Cânon Romano mais antigo encontra-se uma referência à existência desse Santo Cálice, pois no rito da consagração do vinho se dizia: "do mesmo modo, terminada a ceia, tomou este cálice glorioso em suas santas e veneráveis mãos...". Muitos opinam que "este cálice glorioso" é uma menção a um cálice concreto, ou seja, àquele que o Senhor usou na Última Ceia. Durante a perseguição do imperador Valeriano, São Lourenço o enviou para a Espanha, em meados do século III, a fim de evitar que ele caísse em poder dos pagãos. Hoje em dia, esta relíquia é venerada na Catedral de Valência.

Quando participamos da Celebração Eucarística, embora o celebrante não tenha em suas mãos uma relíquia tão preciosa, e nossos olhos apenas vejam o altar e o sacerdote, a Fé nos ensina ser Jesus que, pelos lábios do ministro sagrado, pronuncia as palavras da Consagração, como na Última Ceia. No Sacrifício Eucarístico o passado se faz presente, e também nós estamos diante de Jesus no Cenáculo, como na Primeira Missa.


(Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2006, n. 56, p. 50)


4 de jan. de 2018

O Apostolado entre irmãos


Lições das aves do céu
Para Deus, devemos rumar com confiança e alegria.

Desafios, riscos e esforços estão constantemente presentes na vida desta Terra. E não só para os homens, como também para os animais. Para fazer face a tais obstáculos, a Divina Providência os beneficiou com admiráveis instintos, que podem trazer valiosas lições para nós. Por isso, já dizia o santo Jó: "Pergunta, pois, aos animais, e eles te ensinarão; às aves do céu, e elas te instruirão" (12, 7).


É o que acontece ao contemplarmos os majestosos "Vs" que, com a proximidade do inverno, cortam o azul do céu com seu vigoroso avanço. Eles são desenhados por bandos de aves migratórias, buscando um clima mais propício nas regiões setentrionais do globo. Durante a longa viagem elas mantêm esta característica disposição, na qual um dos pássaros vai à frente dos demais, bem no vértice da farpa.

Além de ser bela, esta disciplinada formação obedece a um princípio de sabedoria do Criador: cada bater de asas do líder do bando cria um vácuo que é aproveitado pelos que vêm logo atrás, fazendo-lhes economizar uma boa dose de esforço. O mesmo acontece, sucessivamente, com todos os outros integrantes. Deste modo, o empenho de quem está à frente serve de benefício para os que lhe seguem. A fim de melhor enfrentar os ventos, as correntes de ar e as agruras do deslocamento, numerosas aves se revezam nesta tarefa. Assim, depois de certo tempo mantendo tão fundamental posição, quem liderou o bando refaz suas forças ocupando um lugar diferente em que o esforço é bem menor.

Não é difícil compreender a lição que estas aves do céu nos têm a dar, sobretudo se recordamos que estamos em constante "migração" por este vale de lágrimas, que é a Terra.

Se de fato amamos a Deus, para Ele rumaremos com confiança e alegria, sem nos deixar abater pelas vicissitudes do caminho, e desejaremos igual felicidade para nossos semelhantes. Isto significa, com frequência, tomar a iniciativa de encorajá-los, conforme o ensinamento do Apóstolo: "Não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo colheremos, se não relaxarmos. Por isso, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos os homens, mas particularmente aos irmãos na Fé" (Gal 6, 9-10).

Religiosas da Sociedade Apostólica Regina Virginum dos Arautos do Evangelho
Sem dúvida, quando as tempestades da tribulação desabam sobre alguém, uma palavra ou gesto de conforto pode aliviar o peso de seu infortúnio. Mais importante, porém, é estarmos preparados para enfrentar os escolhos e perigos da longa viagem e, quando necessário, nos adiantarmos com galhardia para abrir caminho, permitindo que os outros avancem mais decididamente rumo à Pátria Eterna.

Se formos generosos nesta tarefa, não temendo as dificuldades e os sofrimentos de quem é chamado a liderar, o nosso "bando" avançará sem experimentar as amarguras do egoísmo, a exemplo de Maria Santíssima que até nas terríveis horas da Paixão foi guia e sustentáculo da Igreja nascente.

Com o auxílio desta Mãe, que é a Fortaleza dos fracos, estaremos sempre animados e animando, e, quando atingirmos nosso destino final, receberemos a recompensa daqueles que, tendo "introduzido muitos nos caminhos da justiça, luzirão como as estrelas, com um perpétuo resplendor" (Dn 12, 3).

Por Ir Maria Beatriz Ribeiro Matos, EP
(in "Revista Arautos do Evangelho")


1 de jan. de 2018

Triunfo dos humildes e força dos fracos


Fé em Deus, divina certeza

A insuperável Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo
 é envolta em mistérios, a começar por existir n’Ele, 
com toda integridade, duas naturezas: a divina e a humana.

Jesus, como Homem, possui o conhecimento experimental (cf. Lc 2, 52): aquele construído de modo progressivo, com base na experiência. N’Ele, contudo, este conhecimento é incomparavelmente mais rico e profundo, pela altíssima perfeição da inteligência, dos sentidos e dos excelsos dons de que é dotada sua natureza (cf. Col 2, 3).
Ora, a este excelente conhecimento, se soma a ciência infusa: o conhecimento de todas as coisas, infundido na sua Alma humana desde o primeiro instante de sua criação.

Ambos os conhecimentos são ainda completados pela visão beatífica: a Alma de Jesus foi criada já na perfeita e definitiva visão de Deus, que Ele nunca perdeu, nem mesmo durante sua Paixão. Por ela, Cristo-Homem conhecia todas as coisas – passadas, presentes e futuras – em seus mínimos aspectos, como o próprio Deus as vê e conhece desde toda a eternidade.

E estes três altíssimos conhecimentos – concedidos à natureza humana de Jesus – são coroados pela ciência divina, incomparavelmente superior às demais e, entretanto própria à Pessoa d’Ele, em virtude de sua natureza divina hipostaticamente unida à humana.

Cristo contemplou enquanto Homem a vitória da Igreja
em cada era histórica 
e até em cada pequeno episódio
da luta entre o bem e o mal 
Monsenhor João Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho
Logo, assim como o vigia, vendo a terra ao longe do alto do mastro, não participa da insegurança dos que estão no tombadilho a respeito do bom rumo do barco, Cristo contemplou enquanto Homem, e desde o primeiro instante da criação de sua Alma, não apenas o triunfo final e estrondoso do Bem (cf. Ap 11, 15-18), mas também a vitória da Igreja em cada era histórica, e até em cada pequeno episódio da luta entre o bem e o mal (cf. Gn 3, 15). Portanto, nunca pôde existir em Nosso Senhor a menor fímbria de insegurança; n’Ele só havia certeza, absoluta e total. O que para nós é fé, para Ele é visão!

Nós homens, sim, estamos sujeito às incertezas da vida. E é pela fé em Jesus e na Revelação – “fundamento da esperança” e “certeza a respeito do que não se vê” (Hb 11, 1) -, que nos é dado participar daquela certeza desde sempre existente em cristo, triunfo dos humildes e força dos fracos (cf. Fl 4, 13), a única na qual se podem encontrar, neste mundo, a verdadeira paz e segurança.

O demônio, rejeitando a Deus, tornou-se de todo carente de fé, transformando-se assim, de anjo de luz, num ser – além de abjeto – supremamente inseguro, incerto e inquieto.

A nós é dado optar entre a segurança que nos vem da fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, e a pseudo-segurança enganosa oferecida pelas ilusórias promessas do “príncipe deste mundo” (Jo 16, 11) que, de falsa vitória em verdadeira ruína, é vencido sucessivas vezes por Deus, até terminar como o eterno derrotado.

(Revista Arautos do Evangelho - Maio/2015)