21 de fev. de 2019

Escravidão X Servidão


Curso de Consagração a Nossa Senhora - Aula 5
O que somos em relação a Deus:
escravos ou locatários de serviços?
São Luís estabelece em seu Tratado que devemos servir
a Nosso Senhor Jesus Cristo não somente
como servidores assalariados, mas como escravos de amor.

A corrente simboliza a escravidão de amor dedicada a Nossa Senhora.
São Luís nos convida a imitá-La consagrando-nos como
"escravos de amor a Jesus, pelas mãos de Maria".

O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira acrescenta comentários que enriquecem o verdadeiro sentido da escravidão a Maria Santíssima que São Luís Grignion expõe, a partir do tópico 69, do Tratado da Verdadeira Devoção.

“São Luís Grignion mostra inicialmente as diferenças entre o escravo e o servidor. "Servidor", em sua linguagem, é o empregado, locatário de serviços, no sentido atual destes dois vocábulos. Trata-se, pois de estabelecer a diferença entre um "escravo" e um "empregado", no sentido hodierno da palavra.

As três principais diferenças, postas em foco por ele, são:

a) a escravidão se caracteriza, antes de tudo, por ser perpétua. A locação de serviços, ao contrário, é temporária. Ela pode ser por tempo fixo ou indeterminado. De um modo ou de outro, em dado momento, qualquer das partes poderá rescindir a locação.

b) A escravidão é incondicional, total, domina completamente o homem. O direito do senhor sobre o escravo é um direito completo, chegando até, nos países pagãos, a incluir o direito de vida e de morte. Os direitos do patrão sobre o empregado são circunscritos: um colono, por exemplo, não pode ser obrigado abruptamente a trabalhar fora das horas de serviço. Seu contrato de trabalho é bem definido.

c) A última diferença já está compreendida na incondicionalidade, mas convém destacá-la: trata-se da gratuidade. O trabalho escravo é naturalmente gratuito. O senhor é proprietário dos escravos, e portanto de seu trabalho. Qualquer que seja o valor desse trabalho, o senhor só deve ao escravo teto e alimento. A locação de serviços, pelo contrário, é sempre remunerada. E o empregado é livre de recusar o emprego, desde que o salário não lhe convenha.

Feitas estas distinções, São Luís Grignion pergunta o que somos em relação a Deus: escravos ou locatários de serviços? E prova que, no sentido de que o domínio de Deus sobre nós é perpétuo, pleno e gratuito, somos escravos. Deus tem de fato sobre nós um tal domínio, que se nos ordenar qualquer coisa, devemos executá-la por mero amor, de tal maneira que o faríamos, ainda que não recebêssemos d'Ele o Céu como recompensa.” 



16 de fev. de 2019

Dr. Plinio comenta o Tratado de São Luís


Por que ser escravo de Maria,
que é escrava de Deus?
Alguns são chamados mais especialmente a oferecerem-se
a Nossa Senhora, para servi-La e combaterem por Ela.

Pe. David Francisco, EP expõe aos participantes a doutrina ensinada pelo santo francês

Na quarta aula do Curso de Consagração a Nossa Senhora realizada na última terça-feira, 12, Pe. David Francisco apresentou aos participantes os tópicos iniciais do Capítulo II do “Tratado” , que trata das VERDADES FUNDAMENTAIS DA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM.

A fim de proporcionar aos futuros "escravos de amor a Jesus por Maria" um atrativo a mais para aprofundar-se na devoção a Maria Santíssima desejada por São Luís, publicamos comentário do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre o tópico 63, estudado nesta aula.  

"Por que ser escravo de Maria, em vez de o ser de Nosso Senhor Jesus Cristo - pergunta-nos São Luís Grignion - já que Nossa Senhora é também escrava? Maria Santíssima não diz de si "ecce ancilla Domini"? Por que, então, ser escravo d'Ela? Sendo a Virgem Santíssima escrava, pode ter escravos? Que sentido racional tem isso?

Dr. Plinio difundiu entre seus discípulos a
verdadeira devoção a Maria ensinada por São Luís
Inicialmente São Luís Grignion faz uma introdução muito inspirada a respeito das relações de Nossa Senhora com Nosso Senhor. Embora não mencionando aquelas palavras de São Paulo "não sou eu que vivo, é Jesus Cristo que vive em mim" (Gal. 2,20), é este o pensamento que o santo desenvolve, mostrando que Jesus Cristo vive numa pessoa quando ela se santifica. E quando atinge a santidade, já não é aquela pessoa que vive, mas Jesus Cristo que vive nela.

Ora, sendo Nossa Senhora absoluta, inteira e perfeitamente santa, é também absoluta, inteira e perfeitamente Jesus Cristo que vive n'Ela. Estabelecer uma separação entre Maria e Jesus Cristo, de maneira a ser possível admirá-La sem admirar Jesus Cristo, ou cultuá-La sem cultuar a Jesus Cristo, segundo São Luís Grignion é o mesmo que procurar separar o calor da luz, numa chama que brilha e que ao mesmo tempo é quente. São elementos que se podem distinguir, mas não se separar.

Por que ser mais especialmente escravo d'Ela? São Luís Grignion nos sugere uma comparação popular muito significativa: Num reino absoluto - uma monarquia oriental, por exemplo - todos são, de certo modo, escravos do rei; mas ele pode ter certos escravos mais especialmente a serviço da rainha; são escravos que ele dá para que a rainha mande neles mais particularmente. Assim acontece também na Igreja Católica e no universo. Sendo todos os homens escravos de Deus por natureza ou por conquista, e também, de algum modo, escravos por natureza de Nossa Senhora, é possível a alguns oferecerem-se mais especialmente para servi-La, para glorificá-La, para serem Seus escravos e combaterem por Ela. São estes os chamados para a devoção especial que São Luís Grignion recomenda em seu Tratado".

O curso de Consagração a Nossa Senhora terá a duração de oito encontros
 e será encerrado com cerimônia na véspera da Festa da Encarnação do Verbo



13 de fev. de 2019

Arautos na Catedral


Domingo, 10 de fevereiro de 2019
Catedral de Fortaleza
recebe os Arautos do Evangelho
Mais belas que a arquitetura e beleza dos vitrais
são as almas que procuram
o Sacramento da Confissão na catedral

Cooperadores dos Arautos entoam o hino "A Treze de Maio" durante entronização
da Imagem da Virgem de Fátima no presbitério



A Catedral Metropolitana de Fortaleza, inspirada na catedral da cidade alemã de Colônia foi construída em estilo gótico-romano e é a terceira maior do Brasil. A arquitetura e o seus belíssimos vitrais atraem além de fiéis, muitos turistas. É o endereço dos Arautos do Evangelho no segundo domingo de cada mês durante Celebração Eucarística do meio-dia. 


O Coral Nossa Senhora da Esperança, formado por Cooperadores dos Arautos,
animam a liturgia da Catedral

Acompanha o Coral de Cooperadores dos Arautos que animam a liturgia desta Celebração, a serviço da Santa Igreja Católica, no sublime exercício da santificação das almas, um sacerdote Arauto, que durante a Missa atende àqueles fiéis desejosos de se reconciliarem com Deus através do Sacramento da Confissão.



Os assíduos fiéis ou mesmo aqueles que visitam pela primeira vez a Catedral de Fortaleza são convidados, ao final da Santa Missa de cada segundo domingo, a se dirigirem e ficarem um pouco mais a contemplar o enlevado olhar maternal da Imagem Peregrina do Imaculado Coração de Maria, sempre à espera daqueles filhos que querem estabelecer uma relação mais amorosa com esta terníssima Mãe.  


Há quinze anos os Arautos do Evangelho davam início a animação liturgia na Catedral
Cooperadores dos Arautos no ano de 2004
diante da imagem de Nossa Senhora da Assunção, Padroeira de Fortaleza


7 de fev. de 2019

Arautos comemoram o Dia de São Brás


Dia de São Brás na Casa dos Arautos
Um dia após a Festa de Nossa Senhora das Candeias,
grande número de fiéis comemoram o Dia de São Brás
com a bênção das gargantas.

"Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livre-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo."
Palavras pronunciadas pelo sacerdote no ato da bênção


Na liturgia da Igreja Católica, São Brás é mostrado com velas nas mãos e em frente a ele, uma mãe carregando uma criança com a mão na garganta, como que pedindo para ele curá-la. Daí se originou a tradicional benção da garganta realizada no dia em que é festejada a festa de São Brás.

No último domingo, 3 de fevereiro, na Casa Nossa Senhora de Fátima, dos Arautos do Evangelho em Fortaleza, Pe. David Francisco, EP contou fatos da vida de São Brás à assembleia presente e após a Celebração Eucarística deu a bênção da garganta a todos aqueles que assim desejaram.










4 de fev. de 2019

Festa de Nossa Senhora das Candeias


Santa Missa em honra
a Nossa Senhora das Candeias
A Santa Igreja Católica comemorou neste sábado,
02 de fevereiro, a festa de Nossa Senhora das Candeias
ou Nossa Senhora da Candelária, também invocada
como Nossa Senhora da Luz ou da Purificação.



Em Fortaleza, na residência dos Arautos do Evangelho, fiéis se dirigiram a esta comunidade religiosa para participar pelo terceiro ano consecutivo da bênção das velas, seguido de cortejo e Celebração Eucarística.

Os fiéis presentes se organizaram com suas velas à mão, acesas logo após serem proferidas, pelo Pe. David Francisco, EP, as orações apropriadas ao ritual da bênção das mesmas.










Membros do Apostolado do Oratório de Pacajus (CE)
se deslocaram até Fortaleza para participarem da Festa.


1 de fev. de 2019

Força e sublimidade na oração de Maria Santíssima


Curso de Consagração a Nossa Senhora - Aula 2

Maria Santíssima fez na Terra
o papel que 
São Miguel Arcanjo fez no Céu
Plinio Corrêa de Oliveira, mestre do fundador
dos Arautos do Evangelho, Mons. João Clá Dias, EP,
comenta as maravilhas da oração que Nossa Senhora fez 
ao Pai Eterno pedindo a vinda do Messias.

Na última terça-feira, dia 29 de janeiro, realizou-se a segunda aula do Curso de Consagração a Nossa Senhora na sede dos Arautos em Fortaleza. Entre alguns tópicos abordados, selecionamos o tópico de número 16, do capítulo 1, que trata da Necessidade da devoção à Santíssima Virgem, com o respectivo comentário do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

Pela força das orações e sublimidade das virtudes de Maria Santíssima,
 Deus Pai deu ao mundo seu Unigênito.

CAPÍTULO 1 – Necessidade da devoção à Santíssima Virgem
ARTIGO I – PRIMEIRO PRINCÍPIO
Deus quis servir-se de Maria na Encarnação

16. Deus Pai só deu ao mundo seu Unigênito por Maria. Suspiraram os patriarcas, e pedidos insistentes fizeram os profetas e os santos da lei antiga, mas só Maria o mereceu, e alcançou graça diante de Deus, pela força de suas orações e pela sublimidade de suas virtudes. Por que o mundo era indigno, diz Santo Agostinho, de receber o Filho de Deus diretamente das mãos do Pai, Ele o deu a Maria a fim de que o mundo o recebesse por meio dela.

Comentários do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira

"Podemos tirar aplicações para nossa vida espiritual, tanto do fato de a oração de Nossa Senhora ter apressado a vinda do Messias, quanto de ter Ela recebido do Padre Eterno sua fecundidade.

Considerando Nossa Senhora capaz de, com a sua prece, apressar a vinda do Messias, que aplicações podemos tirar?

Devemos primeiramente considerar a Santíssima Virgem no seu zelo pela causa de Deus. Na oração que fazia, Ela certamente considerara - isto é de Fé - a situação, que atingira um ápice de miséria moral, em que tinha caído o povo eleito. Nessa oração, portanto, Ela desejava ardentemente que Israel fosse reerguido à sua antiga condição. Considerava ainda a decadência da Humanidade, sabendo melhor que ninguém quantas almas estavam se perdendo naquela era pagã, e vendo a glória de Satanás a imperar sobre o mundo antigo.

Nossa Senhora do Apocalipse
Maria Santíssima fez então na Terra o papel de São Miguel Arcanjo no Céu. Sua oração, pedindo que Deus viesse à Terra, equivale ao "Quis ut Deus? " do Arcanjo. É Ela que se levanta contra esse estado de coisas, é só Ela que tem a oração bastante poderosa para desferir um golpe que tudo transforma.

Então, a plenitude dos tempos que se encerram: Nosso Senhor Jesus Cristo nasce, e toda a humanidade é reconstruída, regenerada, elevada e santificada por Nossa Senhora. As almas começam a se salvar em profusão, as portas do Céu abrem-se, o inferno é esmagado, a morte é destruída, a Igreja Católica floresce sobre toda a face da Terra. Tudo como produto da oração de Nossa Senhora.

Não é verdade que Nossa Senhora, também sob este aspecto, se apresenta a nós como um verdadeiro modelo? Não devemos desejar em nossos dias a vitória de Nosso Senhor, como Maria Santíssima a desejou em sua época? Não há uma analogia absoluta entre o ardor com que Ela desejou a instauração do reino de Cristo na Terra e o ardor com que o devemos desejar em nossos dias? Não é verdade que, se a oração d'Ela foi necessária para a realização da Encarnação, é indispensável também para que consigamos em nossos dias a vitória de Jesus Cristo no mundo? Quando nos esfalfamos na luta pela vitória de Jesus Cristo em nossos dias, lembramo-nos de rezar a Nossa Senhora? Quando rezamos a Ela, lembramo-nos de pedir esta graça?

Não seria uma boa oração se, por exemplo, ao contemplarmos o mistério da Anunciação na primeira dezena do terço, tivéssemos em mente Nossa Senhora que pede a vinda do Salvador? E muito apropriado seria pedirmos a Ela que Jesus Cristo novamente triunfe no mundo, e ainda contemplarmos a vinda do Salvador e a futura vitória da Igreja Católica. Não temos aí uma boa aplicação desses Mistérios para a vida espiritual? Não é assim que ela deve ser vista, vivida e conduzida? Isto não é muito mais sólido que um arrastado murmúrio piedoso? É com essas verdades de Fé que se alimenta a piedade. Com verdades destas há nutrimento em quantidade para a vida espiritual.

Anunciação do Anjo Gabriel a Maria e a Encarnação do Verbo

Contemplemos Nossa Senhora apressando, com Sua oração, a vinda do Messias. Não é verdade que Nosso Senhor vem a nós também no momento da Comunhão? Não é verdade que podemos e devemos pedir a Ela, quando nos preparamos para recebê-Lo, algo dos sentimentos com que Ela O recebeu quando Ele se encarnou?

Se desejamos conseguir para alguém a graça da comunhão diária, não será útil pedir a Nossa Senhora que consiga para aquela alma a vinda quotidiana de Nosso Senhor, lembrando-A da eficácia da prece com que obteve a vinda de Jesus Cristo para o mundo?"