25 de fev. de 2018

PRECES - Oração de Santo Agostinho


Diante de Vós, Senhor
 Santo Agostinho


Diante de Vós, Senhor,
apresentamos o fardo dos nossos crimes
e simultaneamente as feridas que por causa deles recebemos.


Se pensarmos no mal que fizemos,
é bem pouco o mal que sofremos
e muito maior o que merecemos.

Foi grave o que ousamos cometer e leve o que agora sofremos.

Sentimos que é dura a pena do pecado e,
no entanto não nos decidimos deixar a ocasião dele.


A nossa fraqueza geme
esmagada sob o peso dos castigos com que nos punis justamente,
e a nossa maldade não quer se desfazer dos seus caprichos.

O espírito anda atormentado, mas a cerviz não se verga.
A nossa vida suspira no meio das dores e não nos corrigimos.

Se contemporizardes conosco, não nos emendamos,
e se tirais de nós vingança, gritamos que não podemos.


Se nos castigais,
sabemos declarar que somos réus,
mas se afastais por um pouco a Vossa ira,
esquecemos logo o que deploramos.

Se levantais a mão, logo prometemos a emenda,
se retirais a espada, já nos esquecemos da promessa.

Se nos feris, gritamos que nos perdoeis,
se nos perdoais logo voltamos a Vos provocar.


Tendes-nos aqui, Senhor, 
diante de Vós confessamos os nossos pecados;
se Vos não amerceais de nós,
aniquilar-nos-á a Vossa justiça.

Concedei-nos Pai onipotente,
o que sem merecimento algum de nossa parte Vos pedimos,
Vós que nos tirastes do nada.

Por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Amém.

V. Senhor, não nos trateis segundo os nossos pecados.
R. Nem nos castigueis segundo as nossas iniquidades.

Oremos – Ó Deus, a quem o pecado ofende e a penitência propicia, olhai favoravelmente para as preces do Vosso povo e relegai para longe os vossos castigos da Vossa ira, que merecemos com os nossos pecados. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

21 de fev. de 2018

Perdão, arrependimento e conversão


As flores do manacá desabrocham brancas e tornam-se roxas.
Recordam as almas que, 
tendo perdido a alvura da inocência batismal,
 tingiram-se com as cores
roxa, lilás e violácea da contrição.

Ao percorrer as páginas do Evangelho, contemplamos diferentes matizes da infinita bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo no contato com as pessoas que d'Ele se aproximavam: a uns perdoando, a outros curando, sempre estimulando para o bem e convidando ad maiora, a todos querendo salvar.

Dentre as muitas passagens que poderíamos recordar, uma das mais marcantes é, sem dúvida, o encontro do Divino Mestre com aquele que seria o futuro Chefe da Santa Igreja: "Fixando nele o olhar" - Jesus não lhe pergunta o nome, pois já o conhecia desde toda a eternidade! - "disse: ‘Tu és Simão, filho de João; serás chamado Cefas (que quer dizer pedra)'" (Jo 1, 42).

São Pedro, reconhecendo seu erro e sua fraqueza,
ornou sua alma com a nobreza do arrependimento. 
O primeiro olhar do Salvador para Simão Pedro decerto possuía tanta unção e infundia tal força, que de si teria sido suficiente para sustentar o Apóstolo pela vida inteira. Entretanto, na hora da Paixão, talvez ofuscado por uma visão naturalista das coisas, ele se esqueceu desta graça e, antes que o galo cantasse, negou Jesus por três vezes...

Foi então que, "voltando-Se o Senhor, olhou para Pedro" (Lc 22, 61). Ao receber naquele momento de dor tal olhar, cuja beleza era infinitamente superior aos vitrais, ao reflexo do Sol nas águas do mar ou a qualquer outra maravilha natural, Simão caiu em si e "flevit amare - chorou amargamente" (Lc 22, 62). Eis a contrição de São Pedro, um dos mais edificantes fatos da hagiografia!

Permitindo esta falta, quis a Divina Providência acrescentar à glória do primeiro Papa a nobreza do arrependimento, pelo qual a alma, reconhecendo seu erro e sua fraqueza, implora a Deus o perdão e as forças para não mais pecar. Até o fim dos séculos, Pedro será modelo para todos os que, tendo caído, não deixaram sua alva túnica batismal manchada pelas nódoas do pecado, mas souberam tingi-la no lilás da penitência.

Estas cores tão características da Quaresma, nós as vemos esplendidamente representadas no manacá, vegetação muito familiar a boa parte dos brasileiros, sobretudo aos que vivem ou passam pelas proximidades da Mata Atlântica. Contrastando com o verde das folhas, as flores desta planta desabrocham brancas e tornam-se roxas, depois de passar por vários tons de lilás, produzindo um espetáculo que deixa encantados quantos têm a oportunidade de observá-lo.

Carregada de botões alvos e violáceos, ela pouco exige do solo e responde com generoso viço quando se lhe dá algum cuidado especial. Assim, também sob este aspecto, recorda as almas penitentes que, sentindo-se imerecedoras da benevolência divina, retribuem com maior amor e renovados propósitos de virtude os benefícios d'Ele recebidos.

Saibamos ver na pulcritude do manacá este elevado simbolismo e compreenderemos melhor quão agradáveis a Deus são os corações que odiaram o pecado cometido e, abandonando o mau caminho, encetaram a via da retidão.

"O mal é, de si, odioso" - ensina o padre Monsabré - "mas a industriosa Providência sabe tirar dele proveito em favor do bem. Do espetáculo da iniquidade triunfante, Ela faz nascer o desejo de uma perfeição sublime que compensa, aos olhos de Deus, as humilhações de nossa natureza degradada".

Quando a consciência nos acusar de alguma falta, procuremos com confiança o olhar d'Aquele que "aduba" as almas arrependidas e as fortalece na prática da humildade, levando-as a florescer magnificamente pelo vigor da contrição.

Por Irmã Beatriz Alves dos Santos, EP

(Revista Arautos do Evangelho, n. 170, pp. 50-51).

19 de fev. de 2018

Aniversário de Aprovação Pontifícia


Há dezessete anos . . .

No dia 22 de fevereiro, a Igreja comemora a festa da Cátedra de Pedro. Segundo a Liturgia das Horas essa festa é comemorada desde o “século IV, como sinal da unidade da Igreja, fundada sobre o Apóstolo”.

Nos documentos eclesiásticos, a expressão Cátedra de Pedro
 tem o mesmo significado de Trono de São Pedro

Estátua do Príncipe dos Apóstolos no Vaticano

Esta é uma grande data para os Arautos do Evangelho, pois há dezessete anos São João Paulo II aprovava a instituição e a tornava Associação de Direito Pontifício.

Na audiência geral daquele dia o Santo Padre assim se referiu aos Arautos, expressando-se em língua portuguesa:

“Saúdo de modo especial o numeroso grupo da Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício, Arautos do Evangelho, para que sendo fiéis à Igreja, ao seu Magistério, permaneçam unidos aos seus pastores e anunciem corajosamente, pelo mundo inteiro, a Cristo Nosso Senhor.”


“Sede mensageiros do Evangelho, por meio do 
Imaculado Coração de Maria”, 
concluiu o Sumo Pontífice após a aprovação



18 de fev. de 2018

Cooperadores Arautos realizam simpósio de carnaval


Leilane Maria Barros
Terço luminoso marca simpósio
de Cooperadores dos Arautos
O extenso feriado de carnaval foi um excelente período 
de formação, recolhimento, oração e reparação 
para os Cooperadores dos Arautos do Evangelho. 

Nesses quatro dias, dois grupos foram formados para receberem formações específicas, em reuniões preparadas pelos religiosos dos Arautos residentes na capital cearense. O primeiro grupo, aberto ao público, dirigido pelo Ir. Geraldo Cúrcio, EP, explorou assuntos relacionados aos grandes milagres da História da Igreja: o Santo Sudário, as aparições de Nossa Senhora de Guadalupe, os milagres eucarísticos e os corpos de santos incorruptos. 




Pe. David Francisco, EP conduziu o segundo grupo formado por terciários ou cooperadores que os reuniu para desenvolver temáticas relacionadas à vocação e ao carisma dos Arautos, servindo como exemplo a vida dos fundadores que inspiraram o surgimento e crescimento desta obra.




Além das formações, houve atendimento sacerdotal para confissões e celebração da Santa Missa em todos os dias animada pelo grupo musical dos jovens do Projeto Futuro e Vida. 







As crianças do Projeto Futuro e Vida ainda apresentaram peças teatrais aos participantes do encontro, uma na segunda-feira, sobre Os Dois Amigos, e outra na terça-feira que contou a história de São João de Nissibi e os Mendigos.











Pedindo a intercessão da Virgem Maria, os participantes rezaram o Santo Terço luminoso, com velas e tochas, em reparação as ofensas ao Seu Imaculado Coração e ao Sagrado Coração de Seu Filho Jesus desferidas neste período de Carnaval. Neste momento, todos foram chamados a ser Luz no mundo, como instruiu Nosso Senhor Jesus Cristo, por meio das Sagradas Escrituras.









Por fim, buscando ser iluminados pela fé e pelas graças recebidas nesses dias de recolhimento, os fieis pediram a Deus e a Nossa Senhora uma santa preparação para a Quaresma, para que seja um período proveitoso para a conversão e salvação das almas. 



6 de fev. de 2018

Arautos celebram Festa de Nossa Senhora das Candeias

Procissão das velas e Santa Missa em honra 
a Nossa Senhora das Candeias levam 
grande número de fieis à Sede dos Arautos
A Santa Igreja Católica comemorou nesta sexta-feira, dia 02 de fevereiro, 
a festa de Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Candelária,
 também invocada como Nossa Senhora da Luz ou da Purificação.

A Festa da Purificação de Nossa Senhora, assim conhecida, recorda o dia em que
Maria Santíssima, em obediência à lei mosaica, se apresentou no templo do Senhor, quarenta dias depois do nascimento do divino Filho.


Em Fortaleza, na residência dos Arautos do Evangelho, um grande número de pessoas se dirigiu a esta comunidade religiosa para participar, pelo segundo ano consecutivo, da procissão e bênção das velas, seguida de celebração eucarística. Membros do Apostolado do Oratório das cidades de Pacajus e Eusébio e dos bairros de Antônio Bezerra e Conjunto Ceará, da capital, organizaram suas respectivas caravanas tornando mais alegre a festividade daquela noite. 
 




Defronte uma bela imagem de Nossa Senhora das Graças, centenas de fieis presentes se organizaram em fileiras com suas velas à mão, acesas logo após serem proferidas, pelo Pe. David Francisco, EP, as orações apropriadas ao ritual da bênção das mesmas.




Em seguida, organizou-se solene procissão com as velas acesas conduzidas cuidadosamente como símbolo de Nosso Senhor Jesus Cristo que, apresentado a Deus no templo de Jerusalém pelo profeta Simeão, foi saudado, como a Luz que veio para iluminar os povos. 

http://cooperadores-arautos.blogspot.com.br/2018/02/a-apresentacao-do-menino-jesus-e.html





Na homilia, Padre David Francisco, EP lembrou que esta data marca outra festa em honra a Virgem Maria: Nossa Senhora do Bom Sucesso. A Mãe de Deus apareceu a uma religiosa, a serva de Deus Mariana de Jesus Torres, pela primeira vez no dia 02 de fevereiro de 1594, em Quito, no Equador para profetizar muitas fatos que a Igreja viveu na segunda metade do século XX.







Sacerdote, acólitos e assembleia entoam a Salve Regina após a bênção final