16 de fev. de 2020

Superexcelente Misericórdia


Imaculado Coração de Maria: uma lente do Sagrado Coração de Jesus

Nossa Senhora, sendo Mãe, seu Coração Imaculado não é mais misericordioso do que o Sagrado Coração de Jesus - seria um absurdo imaginar isso -, porém seu Imaculado Coração faz ver mais a misericórdia do Sagrado Coração de Jesus do que Ele próprio.

Seria mais ou menos como quando os raios do sol se concentram através de uma lente e põem fogo numa folha seca. A lente é tão pouco em comparação com o sol, mas sem ela esse fogo não pegaria.

Portanto, o Imaculado Coração de Maria seria, por assim dizer; uma lente do Sagrado Coração de Jesus, uma como que concentração da misericórdia do Sagrado Coração de Jesus. Então, Ela, debaixo desse aspecto, tem uma superexcelente misericórdia.

Ademais, Maria Santíssima é especialmente nossa advogada, pois sendo mera criatura é mais plenamente conatural conosco do que o seu Divino Filho que, enquanto Homem-Deus, é juiz.

Por essas razões, dir-se-ia que o Imaculado Coração de Maria representa, num largo e glorioso sentido, muito especialmente a bondade e a misericórdia do Sagrado Coração de Jesus.

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Revista Dr. Plinio, Junho de 2015, extraído de conferência de 26/10/1980.

10 de fev. de 2020

Santa Bernadete vista por Dr. Plinio


COMEMORAÇÕES PELOS 162 ANOS DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA
 A SANTA BERNADETE SOUBIROUS, EM LOURDES - FRANÇA


Santa Bernadete Soubirous,
uma santa que “não servia para nada...”
No seu testamento espiritual, a vidente de Lourdes agradece a Deus 
pelo pão da humilhação, pelas ironias e injustiças sofridas por sua Madre
 e Mestra de noviças, por suas carnes em putrefação e pelo deserto da aridez interior.

Plinio Corrêa
de Oliveira
Não se pode falar de Lourdes sem lembrar a personagem ligada de modo indissociável a essa história de bênçãos e misericórdias. A modesta pastorinha a quem Nossa Senhora apareceu é o primeiro milagre de Lourdes: milagre da graça, milagre da santidade. Por isso a Igreja a elevou às honras dos altares como Santa Bernadete Soubirous.

Antes de partir deste mundo para as glórias da bem-aventurança eterna, a vidente deixou seu testamento espiritual, uma comovedora prece de ação de graças em que ela, ao invés de se mostrar reconhecida pelos insignes favores de que foi objeto, louva Nossa Senhora e seu Divino Filho por tudo o que lhe representou sofrimento e carência nesta vida:

 “Pelas zombarias recebidas, pelas injúrias e pelos ultrajes da parte dos que me mandaram prender como doida, pela cólera que tiveram contra mim, tomando-me como interesseira. Pela ortografia que eu jamais consegui aprender, pela memória que eu jamais tive, pela minha ignorância, graças vos dou, Senhora. Graças, porque se houvesse sobre a terra uma menina mais ignorante e mais estúpida do que eu, Vós a teríeis escolhido para lhe aparecer.

Testamento espiritual de Santa Bernadete:
"uma comovedora prece de ação de graças;
uma oração verdadeiramente heroica."
“Graças, ó Jesus, por ter dessedentado com amarguras esse coração por demais frágil que me destes! Por Madre Josefina, que disse de mim: não serve para nada ... pelos sarcasmos da madre mestra de noviças, pela sua voz dura, pelas injustiças, pelas ironias, pelo pão da humilhação, muito obrigada. Graças por ter sido a Bernadete ameaçada de prisão porque tinha visto a Virgem Maria, olhada pelas pessoas como um raro animal, aquela Bernadete tão mesquinha que, ao vê-la, diziam: É essa?

“Pela minha doença, pelas minhas carnes em putrefação, pelos meus ossos com cáries, pelos meus suores, pela minha febre, pelas minhas dores surdas e agudas, graças ó meu Deus! E por essa ânsia que Vós me destes para o deserto da aridez interior, pelos vossos silêncios, mais uma vez por tudo, por Vós ausente e presente, graças, ó Jesus!”

É uma oração verdadeiramente heroica, de um heroísmo que sobressai da seguinte situação: a Santa Bernadete foi concedida a graça incomparável de ser a vidente a quem Nossa Senhora apareceu, a ela foi indicado o local onde brotariam as águas que operariam as curas milagrosas. Portanto, a partir das revelações feitas a ela, Maria Santíssima inaugurou uma série de maravilhas e de benefícios incalculáveis para os corpos e para as almas dos homens da terra inteira. Além disso, a devoção à Mãe de Deus conheceu um novo e precioso crescimento sob a invocação de Nossa Senhora de Lourdes.Revista Dr. Plinio fevereiro de 2003

Santa Bernadete faleceu
 nesta poltrona
em 16 de abril de 1879
Assim, ela, a pequena, a miserável, a mesquinha; ela, nula, plebeia, pobre; ela, a tonta e ignorante Bernadete, foi o arco pelo qual quis entrar esse raio de sol no mundo contemporâneo, e mais especialmente no mundo do século dela, tão orgulhoso, tão cheio de revolta e de incredulidade. Para tudo isso, foi escolhida essa pessoa tão insignificante.

Santa Bernadete poderia fazer um raciocínio diferente: “Meu Deus, Vós me destes esses ossos cariados, essa carne putrefata, me destes toda essa miséria e essas contrariedades. Em compensação, porém, me concedestes a grande vantagem de ser a Bernadete escolhida por Vós para iluminar o mundo inteiro. Então, eu aceito de boa vontade tudo o que me destes de triste, de ruim, como ação de graças por aquilo que me destes de bom. Amém.”

Seria um pensamento legítimo. Mas, ela era uma santa, e por isso diante da conduta da Providência em face dela, levou sua atitude de alma até o limite da sublimidade. Mediu sua personalidade, seus recursos mentais, sua saúde física, e percebeu que não valia nada. Era apenas uma pessoa muito equilibrada, nascida numa família pobre, menosprezada por todos. E ela aceitou heroicamente sua nulidade, para que inúmeras almas fossem salvas e a Igreja Católica reluzisse de maior glória.

Ela compreendeu bem que não teve apenas aparições, mas recebeu também uma cruz, mais preciosa do que as próprias visões de Nossa Senhora. E ter aceito de modo perfeito a cruz, levando-a até o fim com amor, com entusiasmo pelo sofrimento, por tudo quanto a dor significa no plano sobrenatural – isso fez dela uma santa.

Santa Bernadete, o primeiro milagre de Lourdes. Seu
corpo encontra-se incorrupto há 141 anos 

Vemos, então, uma pessoa que reconhece não ser nada, e que transforma esse nada numa hóstia para oferecer a Nosso Senhor, dizendo:

 “Meu Deus, enquanto todos perdem a alma para ser alguma coisa, enquanto aqueles que Vós sobrecarregastes de dons os dilapidam de modo miserável, eu, a quem Vós fizestes nada, agradeço-Vos esse nada. Peço-Vos que, para vossa glória, aceiteis minha conformidade com esse nada. Sei que sou o rebotalho do mundo, sei que sou o asco da terra, sei que ninguém quer saber de mim, mas sei que para Vós, ó meu Deus – três vezes santo, perfeito, eterno, imutável, onisciente, misericordioso – para Vós, dentro de meu nada eu sou muito. Sou tanto que por mim Vós os teríeis encarnado, e Vós teríeis sofrido o tormento da Cruz. Vós, sim, me amais. E se Vós amais esse nada, aceitai esse nada. Ele vale pelo amor que Vós lhe tendes. Aceitai esse nada e aceitai-o por aqueles a quem Vós destes tanto. Aqueles que receberam de Vós os dons que eu não recebi, utilizem-nos segundo vossos desígnios, eu vos ofereço, meu Deus, eu vos agradeço os dons que não recebi”.

Isso é levar o desinteresse até o sublime. É o holocausto completo, o puro amor a Deus, sem preocupação por si. É o modelo que a Providência nos propõe para que tenhamos uma vida espiritual norteada, mais do que pelo desejo do Céu, pela graça de amar e adorar desinteressadamente o Senhor do Céu e da Terra.

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Revista Dr. Plinio, Lourdes e a sublimidade do milagre, Editora Retornarei, fevereiro/2003, pág. 16 a 21. 

6 de fev. de 2020

Sagrada Família: razões providenciais da fuga para o Egito – 2


As semelhanças históricas entre José do Egito e São José

Infelizmente, o plano primitivo de Deus com relação ao Egito não se cumpriu, dada a constante infidelidade de ambos os povos – israelita e egípcio – como foi comentado no último artigo sobre este tema.[1]
Já a providencial ida de José, filho de Jacó, ao Egito havia sido uma tentativa de reativar esse projeto divino, objetivo em parte atingido com a grande influência adquirida pelo patriarca na corte do faraó, o que sem dúvida propiciou um influxo positivo sobre toda a sociedade egípcia.[2] Os acontecimentos posteriores, porém, derrubaram por terra o que teria sido uma interessante cooperação entre as duas nações, muito antes da vinda do Redentor.


Nessa perspectiva, o exílio da Sagrada Família no Egito apresenta-se, da parte de Deus, “como quem chama um povo dileto adormecido. Dir-se-ia que Nosso Senhor tinha pressa de ir ao Egito”.[3]
A partir dessas considerações, não é descabido encontrar uma ligação com José do Egito na imprevista viagem comandada por um varão de mesmo nome. O plano de Deus com essa fuga consistia em fazer com o Menino Jesus o mesmo que se dera com o filho de Jacó. Ali chegando, os egípcios não demorariam em relacionar esse judeu chamado José com o hebreu que, séculos antes, marcara a história de seu povo.[4] Se os descendentes dos súditos do faraó correspondessem à graça, São José e Nossa Senhora ganhariam a simpatia de todos, alcançando, mais uma vez, a cúpula do reino.
A princípio São José receberia encargos do próprio monarca, mas, quando Nosso Senhor crescesse, demonstraria tal sabedoria e tantos talentos extraordinários, que o governante e sua corte se converteriam ao judaísmo e se deixariam influenciar totalmente por Ele. O Egito tornar-se-ia um estado ainda mais cheio de esplendor temporal, acrescido das bênçãos decorrentes da presença da Sagrada Família. Com isso estaria criada a plataforma para o futuro apostolado do Divino Mestre durante a vida pública: sua fama chegaria a Israel, que emulava os progressos da nação egípcia, e quando Ele Se apresentasse ao povo eleito teria uma penetração muito maior. Desse modo, a expansão da primitiva Igreja dar-se-ia mais através do Egito, devido ao charme deste povo, que por meio de Roma, inicialmente chamada a um eficaz papel organizativo.




[1] MONS. JOÃO, Clá Dias. São José; quem o conhece? Ipsis, São Paulo, 2017. Pg. 285-289.
[2] Sendo os hebreus o único povo monoteísta da Antiguidade, sua influência no Egito talvez tenha apresentado como melhor fruto o aparecimento, no ano de 1364 a.C., de Amenhotep IV, mais conhecido como Akhenaton, um faraó monoteísta. Destoava ele das ideias de sua época e abalou o império faraônico até os alicerces, promovendo uma profunda revolução técnica, artística e, sobretudo, religiosa. Contudo, com a morte de Akhenaton, depois de dezessete anos de reinado, essa fase tão controvertida da história
egípcia chegou ao fim e seu povo voltou ao politeísmo, restabelecido por seus sucessores, principalmente pelo famoso Tutankhamon. Não obstante, “o reinado de Akhenaton, além de surpreendente, levanta diversas interrogações. Ele coincide com o período durante o qual se supõe que grande número de hebreus vivia nesse país. E, embora seguindo a opinião de estudiosos como Giacomo Perego, segundo o qual ‘qualquer reconstrução histórica desse período deve ser vista com muita cautela’, podemos levantar hipóteses com base nos indícios disponíveis, conforme é praxe em toda atividade científica”
(SAINT’AMANT, EP, Alejandro Javier de. Akhenaton: o faraó inovador. In: Arautos do Evangelho. São Paulo. Ano X. N.115 [Jul., 2011]; p.37).
[3] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Palestra. São Paulo, 5 fev. 1981.

[4] São Bernardo mostra essa relação com a beleza que caracteriza sua pena: “Recorda também aquele grande patriarca, vendido no Egito, que não só se chamou como ele, como também se comparou em sua castidade, igualando-se por sua inocência e por seus dons. José, vendido por inveja de seus irmãos e levado ao Egito, prefigurou a venda de Cristo. Este outro José, fugindo da inveja de Herodes, levou Cristo até o Egito. José, para não trair a seu amo, resistiu ao pecado com a mulher de seu senhor. Este José reconheceu sua Senhora como Virgem e Mãe de seu Senhor. E mediante sua continência, custodiou-A em tudo fielmente. Ao patriarca foi concedido o dom de ler nos mistérios dos sonhos; em José foi infundida a graça de conhecer e participar ativamente nos mistérios divinos. Aquele armazenou o trigo, não para si mesmo, mas para todo o povo; este recebeu o Pão do Céu e o guardou para si e para todo o mundo”. (SÃO BERNARDO. In laudibus Virginis Matris. Hom.II, n.16. In: Obras Completas. 2.ed. Madrid: BAC, 1994, v.II, p.635.) Também Gerson faz o mesmo paralelo (cf. GERSON, Jean. Josephina. Paris: Enault et Mas, 1874, p.216).

4 de fev. de 2020

Sagrada Família: razões providenciais da fuga para o Egito – 1

"Na fuga para o Egito era a
Santa Igreja que, sozinha,
peregrinava pelo deserto."
Plinio Corrêa de Oliveira

Particular dileção de Deus
pelo povo egípcio


Quando o Evangelista descreve a fuga para o Egito, faz questão de apontar a realização de um oráculo de Oseias: “Para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: ‘Eu chamei do Egito meu Filho’ (Os 11, 1)” (Mt 2, 15).[1] A inclusão dessa particularidade no texto da Escritura indica a existência de profundos desígnios da Providência na eleição do antigo império dos faraós como destino da Sagrada Família.[2] Para melhor compreendê-los, serão de grande auxílio alguns comentários brilhantes de Dr. Plinio acerca desse fascinante povo. Dotado de finíssimo discernimento dos espíritos, especialmente penetrante em relação aos povos e à História,[3] suas análises deitam muita luz sobre o tema.[4]

Cada povo da Antiguidade possuía uma vocação
específica para reparar o plano rompido 
pelo pecado original
Moisés no Monte Sinai
Cada nação da Antiguidade possuía uma vocação específica com vistas a reparar o plano primeiro de Deus rompido com o pecado original. Se os gregos reluziam por um chamado peculiar para a filosofia, os romanos para o direito, e os hebreus eram o povo depositário da Revelação, aos egípcios, por particular dileção divina, coube receber a herança de determinados conhecimentos científicos do Paraíso, transmitidos por Adão e Eva a seus descendentes. Testemunha a favor dessa hipótese de Dr. Plinio o fato de ser “um povo que nunca é considerado em estado de pré-história. Não se descobriu um estado intermediário entre o homem da caverna e o Egito organizado”.[5] Eles, portanto, deveriam “guardar tudo quanto sabiam de sapiencial sobre a ordem do universo, vindo do tempo do Paraíso, e partir disso para construírem uma ordem temporal perfeita”.[6]

Não é preciso ressaltar o quanto as fantásticas realizações dos egípcios, até hoje enigmáticas para a ciência em seus pormenores, ganham sentido com essas afirmações. Por sua vez, a inegável atração exercida pelos mistérios do Egito provinha do encanto natural desse povo, mais tarde, infelizmente, muitíssimo aproveitado pelo demônio para conduzir certo filão de almas para o ocultismo.

Coube aos egípcios receber a herança dos
conhecimentos científicos do Paraíso, para formar
uma sociedade temporal perfeita
Israelitas se retiram do Egito
Constituída essa sociedade ideal, quando Nosso Senhor Jesus Cristo nascesse o orbe estaria impregnado dos maravilhosos conhecimentos custodiados e difundidos pelo Egito e, “em certo momento, o povo hebreu e o povo egípcio se encontrariam para dar-se a união do espiritual com o temporal”.[7] Por conseguinte, esta nação teria um papel central na primeira expansão do Evangelho, como o Sacro Império ou o Reino da França na Cristandade, servindo de arrimo, na esfera secular, para a Santa Igreja: “O Egito conservava uma continuidade com a justiça primitiva e era chamado a ser o povo da gentilidade que abriria os braços para Israel. Era a porta de Israel para o mundo”.[8]




[1] São João Crisóstomo crê que, com sua ida para o Egito, “o Senhor anunciava a toda a terra uma espécie de prelúdio de boas esperanças. Como na Babilônia e no Egito ardia o incêndio da impiedade, mais que em outras partes, ao mostrar o Senhor, desde o princípio, que os haverá de corrigir e melhorar, persuade a terra inteira a ter boa esperança. Por isso manda os Magos para as terras da Babilônia e Ele mesmo, com sua Mãe, vai para o Egito” (SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, op. cit., n.2, p.149).

[2] Neste sentido, Salmerón faz interessantes comentários a respeito da fuga para o Egito: “Causam admiração algumas considerações sobre essa fuga: Quem foge? O Verbo Eterno Encarnado, a quem nada pode vencer; e, se parecer vencido, é para ressurgir maior e vencer com mais glória. De quem foge? De homenzinhos comparáveis a vermes, mais débeis que formigas. Para onde foge? Para o Egito, terra bárbara, pela qual os hebreus alimentavam um ódio antigo, terra proibida aos hebreus, para que Herodes nem sequer imaginasse que haviam fugido para lá. Para quê? Para mostrar-Se verdadeiro Homem, que assumiu carne verdadeira, submetida ao temor e a outras perturbações. Quis ser em tudo semelhante aos irmãos, indicando que vida o Pai determinou para o seu Filho, cheia de perigos e preocupações. Para revelar, desde o início, que seu Reino não era deste mundo. Para que, pelo furor causado em Herodes, aumentasse sua divina glória, pois era desígnio divino exaltar seu nome, vencendo deste modo. Para dizer, com essa fuga, que o Reino de Deus passou dos judeus aos gentios” (SALMERÓN, (SALMERÓN, SJ, Alfonso. Commentarii in Evangelicam Historiam et in Acta Apostolorum. Tractatus XXX. Coloniæ: Antonium Hierat & Ioannem Gymnicum, 1602, t.III, p.406).

[3] Tendo convivido quarenta anos com Dr. Plinio, o Autor dá testemunho de seu profundo discernimento dos espíritos, não só das almas individualmente, como, sobretudo, dos povos e da História (cf. CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. O dom de sabedoria na mente, vida e obra de Plinio Corrêa de Oliveira. Città del Vaticano-São Paulo: LEV; Lumen Sapientiæ, 2016, v.III, p.437-510; v.V, p.127-204).

[4] Cf. MONS. JOÃO, Clá Dias. São José; quem o conhece? Ipsis, São Paulo, 2017, p. 285-289.

[5] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Palestra. São Paulo, 5 fev. 1981.

[6] Idem, ibidem.

[7] Idem, ibidem.

[8] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conversa. São Paulo, 25 out. 1981.






2 de fev. de 2020

Festa de Nossa Senhora das Candeias


 Arautos comemoram Festa de Nossa Senhora das Candeias com bênção das velas, procissão e Santa Missa
Na liturgia deste domingo, 02 de fevereiro, a Santa Igreja celebrou 
a Festa da Apresentação de Jesus no Templo.
A data coincidiu com a Festa de Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da Candelária, também invocada como Nossa Senhora da Luz ou da Purificação.
A Festa da Purificação de Nossa Senhora, assim conhecida, recorda o dia em que Maria Santíssima, em obediência à lei mosaica, se apresentou no templo do Senhor, quarenta dias depois do nascimento do divino Filho.

Em Fortaleza, na residência dos Arautos do Evangelho, fiéis se dirigiram a esta comunidade religiosa para participar, pelo terceiro ano consecutivo, da procissão e bênção das velas, seguida de Celebração Eucarística. Os presentes formaram filas com suas velas à mão, acesas logo após serem proferidas pelo sacerdote arauto, as orações apropriadas ao ritual da bênção das mesmas.







Em seguida, organizou-se solene procissão com as velas acesas conduzidas cuidadosamente como símbolo de Nosso Senhor Jesus Cristo que, apresentado a Deus no templo de Jerusalém pelo profeta Simeão, foi saudado, como a Luz que veio para iluminar os povos.





Durante a celebração, Padre Eduardo Zacarias, EP lembrou que esta data marca outra festa em honra a Virgem Maria: Nossa Senhora do Bom Sucesso. A Mãe de Deus apareceu a uma religiosa, a serva de Deus Mariana de Jesus Torres, pela primeira vez no dia 02 de fevereiro de 1594, em Quito, no Equador para profetizar fatos relacionados à Igreja nos dias de hoje.