Eu, infiel pecador . . .
Nossas misérias são uma razão especial
para pedirmos o auxílio de Nossa Senhora
Se o pecado é um grande
mal, pior do que ele em si mesmo considerado – dizia São Francisco Xavier – é a
perda da confiança em Deus e em Nossa Senhora por parte do pecador. Tal estado
de espírito resulta frequentemente, das infidelidades crônicas, das faltas
cometidas no passado, da insatisfação consigo próprio.
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São Luís Maria Grignion de Montfort espalhou entre as almas esse sentimento de nossa dependência para com a Santíssima Virgem |
Nessas condições, a pessoa pode pensar: “Sou tão ruim, pequei tanto e, além disso, sinto-me tão medíocre e sem nenhum valor, que tenho medo de me aproximar de Nossa Senhora para pedir auxílio”.
Comportar-se assim é fazer
como se um daqueles dez leprosos que foram pedir a Nosso Senhor, dissesse antes
para consigo: “Estou tão leproso que não tenho coragem de pedir isto a Ele”. E,
por causa deste receio, não procurasse Jesus. Resultado, nunca recuperaria a
saúde do corpo! O correto seria pensar: “Estou tão necessitado deste milagre,
que a única saída é pedi-lo com todo o empenho!”
Assim como a lepra, para
aqueles homens, também nossas misérias são uma razão especial para recorrermos
a Nossa Senhora. E por maior que seja o horror que tenhamos aos nossos pecados
e defeitos interiores, nem por isso deixa de ser verdade que, levantando os
olhos para Maria, Ela nos atenderá.
Roguemos, pois, a Nossa
Senhora Auxiliadora a graça dessa inabalável confiança no seu celestial
socorro, e nos será dado constatar como Ela é, até um ponto inimaginável, nosso
refúgio e amparo.
Plinio
Corrêa de Oliveira