27 de mai. de 2019

Curando as feridas da alma


Eu, infiel pecador . . .
Nossas misérias são uma razão especial
para pedirmos o auxílio de Nossa Senhora

Se o pecado é um grande mal, pior do que ele em si mesmo considerado – dizia São Francisco Xavier – é a perda da confiança em Deus e em Nossa Senhora por parte do pecador. Tal estado de espírito resulta frequentemente, das infidelidades crônicas, das faltas cometidas no passado, da insatisfação consigo próprio.


São Luís Maria Grignion de Montfort espalhou entre as almas esse sentimento
de nossa dependência para com a Santíssima Virgem

Nessas condições, a pessoa pode pensar: “Sou tão ruim, pequei tanto e, além disso, sinto-me tão medíocre e sem nenhum valor, que tenho medo de me aproximar de Nossa Senhora para pedir auxílio”.

Comportar-se assim é fazer como se um daqueles dez leprosos que foram pedir a Nosso Senhor, dissesse antes para consigo: “Estou tão leproso que não tenho coragem de pedir isto a Ele”. E, por causa deste receio, não procurasse Jesus. Resultado, nunca recuperaria a saúde do corpo! O correto seria pensar: “Estou tão necessitado deste milagre, que a única saída é pedi-lo com todo o empenho!”

Assim como a lepra, para aqueles homens, também nossas misérias são uma razão especial para recorrermos a Nossa Senhora. E por maior que seja o horror que tenhamos aos nossos pecados e defeitos interiores, nem por isso deixa de ser verdade que, levantando os olhos para Maria, Ela nos atenderá.

Roguemos, pois, a Nossa Senhora Auxiliadora a graça dessa inabalável confiança no seu celestial socorro, e nos será dado constatar como Ela é, até um ponto inimaginável, nosso refúgio e amparo.


Plinio Corrêa de Oliveira



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