Cientista ateu:
os milagres de Lourdes
“tem algo de
inexplicável”
Redação (Terça-feira,
15-08-2017, Gaudium Press) Recentemente veio a lume um testemunho do médico
francês e Prêmio Nobel de Medicina, Luc Montagnier. Ele é conhecido por ter
descoberto o vírus HIV e também por classificar-se como sendo um agnóstico.
Surpreendentemente ele disse que nos milagres de Lourdes “há algo inexplicável”.
Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, França |
A opinião do cientista e
ex-diretor do Instituto Pasteur, saiu impressa no livro “Le Mointe Le Nobel”
(“O Monge e o Nobel”) que inclui o diálogo entre Montagnier e monge
cisterciense Michael Nissaut sobre o futuro do planeta e a erradicação de
doenças crônicas.
Das conversas chamou a
atenção, justamente o fato de o cientista ateu, ao abordar o tema das curas
milagrosas ocorridas no Santuário de Lourdes, referir-se a elas como sendo
inexplicáveis:
“Quando um fenômeno é
inexplicável, se realmente existe, não se tem necessidade de negar nada”,
afirmou Montagnier na conversa, e em seguida assegurou que “nos milagres de
Lourdes existe algo de inexplicável”.
Esta é uma opinião que
para muitos é um exemplo de coerência no mundo da ciência, que o mesmo Nobel de
Medicina enfatiza chamando a atenção de alguns de seus colegas:
“Muitos cientistas cometem
o erro de rejeitar o que eles não entendem. Não me agrada essa atitude.
Constantemente cita a frase do astrofísico Carl Sagan: a ausência de provas, não é prova da ausência”.
O livro menciona que o
cientista estudou vários milagres de Lourdes, e que por isso afirma crer que
são inexplicáveis: “Não me explico estes milagres, mas reconheço que são curas
que não estão incluídas no estado atual da ciência”.
Montagnier também
reconhece o importante trabalho que a Igreja tem feito no cuidado e
acompanhamento dos enfermos, especialmente os portadores de HIV, tema que ele
conhece muito bem por ser o descobridor deste mortal vírus: “As ordens
religiosas cristãs jogam um papel muito positivo no cuidado com os enfermos.
Reconheço que, no âmbito da atenção hospitalar, a Igreja tem sido a pioneira”.
O cientista ateu afirma
que nos anos de investigação do vírus HIV, sobretudo nos primeiros, ele viu
como, constantemente, a Fé e a proximidade da Igreja ajudava os enfermos a
fazerem frente à doença, sobretudo a não se sentirem abandonados.
“É através desta
experiência que tenho reconhecido sempre a contribuição pioneira e inestimável
da Igreja no campo da atenção hospitalar”, sublinha.
Desde as aparições de
Nossa Senhora a Santa Bernadete, em 1858, até nossos dias, foram registradas
mais de 7 mil curas inexplicáveis em Lourdes. Não é em vão que ele seja um dos
santuários marianos mais reconhecidos no mundo, junto com o de Fátima, em
Portugal, e o de Guadalupe, no México. (JSG)
(Da Redação Gaudium Press,
com informações “Religión en Libertad”)
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