5 de abr. de 2019

O espírito do mundo


Exercícios espirituais preparatórios à consagração a Nossa Senhora
DOZE DIAS PRELIMINARES

As riquezas, se são amadas,
apartam o homem do amor de Deus
Empregados em
 desapegar-se
do espírito do mundo
São Luís deseja que esvaziemos nossas almas 
do espírito do mundo,
para nos abrirmos
para o espírito de Maria.

O que vem a ser o espírito do mundo? Desde já, é fácil entender que o espírito católico é oposto ao espírito do mundo.

Aquele que possui verdadeiro espírito católico acredita em Jesus Cristo, em suas revelações, na esperança de suas promessas e procura com humildade praticar todas as virtudes. Abraça e ama a Cruz de Cristo. O Céu constitui o estímulo para os esforços exigidos por Deus que nos quer conceder a felicidade eterna.

Em oposição ao espírito do mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo propõe as bem-aventuranças evangélicas que são atos sobrenaturais de determinadas virtudes, para nos fazer detestar as máximas do mundo, para convidar-nos a amar e praticar as máximas do Evangelho.

O Céu constitui o estímulo para os esforços exigidos
por Deus que nos quer conceder a felicidade eterna.
O mundano é aquele que faz do mundo a finalidade de sua vida não se preocupando com a vida sobrenatural e a vida eterna. A terra e seus prazeres momentâneos são os atrativos oferecidos pelo pai da mentira. Não abraça e não ama; rejeita e foge da Cruz de Cristo. A mentalidade do mundano é regida por um conjunto de princípios os quais modelam suas atividades e preferências, seu modo de agir e pensar. O dinheiro cobra dele e inspira ambição, volúpia de prazeres, vaidade, orgulho, menosprezo do próximo, etc. O mundo o arrasta para o mal e nele vicia. Não se preocupa com a honra e a glória de Deus. Estabelece um secreto e funesto acordo entre a verdade e a mentira, entre o Evangelho e o mundo. 

Quer se fazer passar por honesto, sem sê-lo; despreza, interpreta mal ou condena com leviandade todas as práticas de piedade que não vão de acordo com as suas; procura rodear-se de aparências de cristão e de homem de bem, sem se preocupar minimamente de agradar a Deus ou de expiar, pela penitência, os pecados que comete contra a sua divina Majestade. Esses dois senhores não admitem rivais. 

O pior rival do dinheiro é Deus, e vice-versa. Por isso, a desgraça do rico que entrega seu coração aos bens da terra consiste em buscar em vão sua felicidade neles; e a desgraça do pobre, em iludir-se com a falsa felicidade oferecida pelas riquezas. É preciso ter sempre diante dos olhos o quanto são opostos entre si, Deus e o mundo.



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