9 de março, dia de São Domingos Sávio
São Domingos Sávio nasceu próximo
de Turim (Itália) em 1842. Seus pais, Carlos e Brígida, eram fiéis cristãos,
que procuraram dar boa educação aos seus filhos. Embora fosse costume naquela
época comungar mais tarde, Domingos foi admitido à 1ª Comunhão aos sete anos,
devido à sua boa preparação. Entre os propósitos daquele dia figuram os
seguintes: "Os meus amigos serão Jesus e Maria. Antes morrer do que
pecar". E cumpriu-os. Paulo Eduardo Roque Cardoso
Aos
doze anos, seu pai apresentou-o a Dom Bosco. Para que pode servir esta
fazenda?, perguntou Sávio. - Para fazer um bom fato e oferecê-lo a Nosso
Senhor. Entendido. Eu sou a fazenda e o senhor, o alfaiate: vamos fazer esse
fato. Deste modo entrou Domingos no Colégio de Dom Bosco, chamado "o
Oratório".
Um dia
ouviu Dom Bosco dizer: "É vontade de Deus que todos sejamos santos. É
fácil tornar-se santo, pois nunca falta a ajuda de Deus. Há grandes prêmios
para quem for santo". E aqui Domingos decidiu tornar-se santo.
Dom
Bosco, seu confessor e diretor espiritual, ensinou-lhe que para ser santo não é
preciso grandes penitências; basta cumprir a vontade de Deus e servi-lo com
alegria. Para isso, é necessário suportar com paciência os aborrecimentos do
próximo, converter em virtude o que é necessidade, cumprir alegremente o
próprio dever e oferecer os próprios trabalhos pela salvação das almas.
Domingos
tinha o seu temperamento e os seus arrebatamentos, mas aprendeu a dominá-los.
Dom Bosco repetia-lhe: "Alegria constante! Cumprimento dos deveres sem
desfalecimento. Empenho na piedade e no estudo. Participar nos recreios, que
também se podem santificar". E tanto se esforçou este pequeno apóstolo
que, segundo Dom Bosco, "Sávio levava mais almas ao confessionário com
os seus recreios do que os pregadores com os seus sermões."
Outra
qualidade de grande destaque em São Domingos Sávio, era sua belíssima voz,
que, quando cantava, à todos que o ouvia, encantava. O Papa Pio XII nomeou-o patrono e modelo dos "Pueri Cantores" (meninos cantores) do
mundo inteiro. Purificava a intenção: cantava só para agradar a Deus. Nas
aulas estava sempre entre os primeiros. Até nisto queria dar exemplo. Sabia que
cada minuto de tempo é um tesouro. Sabia que o tempo é o céu.
Interessava-se
vivamente pelos seus companheiros. Aconselhava-os, corrigia-os, consolava-os,
reconciliava-os, como aconteceu com dois que se tinham desafiado "de
morte". Socorria-os. A um deu as próprias luvas, embora tivesse frieiras.
Não tinha respeitos humanos. Era corajoso na profissão da fé. Não tolerava
palavras inconvenientes e muito menos, blasfêmias. Uma vez uns companheiros
estavam a ver uma revista indecente. Arrancou-lhas das mãos e rasgou-a aos
bocados.
Praticou
uma devoção terna e profunda para com a Virgem Maria. A ela entregou o seu
coração. Vibrou com emoção quando em 854 Pio IX definiu o dogma da Imaculada
Conceição. O seu amor a Jesus Sacramentado era extraordinário. Mal acordava de
manhã, o seu pensamento voava para o sacrário. Gostava de ajudar à missa.
Parecia um serafim cada vez que o fazia visitava frequentemente o Prisioneiro
do altar". Outro dos seus grandes amores foi o amor ao Papa. O Senhor
premiou estes amores com graças e carismas muito especiais.
De
repente, apareceu-lhe uma misteriosa enfermidade. Não se sabia do que provinha,
mas as causas poderiam ser o rápido crescimento, o esforço no estudo - pois
desejava ser um santo e sábio sacerdote e a tensão espiritual, no seu afã pela
salvação das almas - outro dos amores de Dom Bosco - especialmente nas missões.
Quando
a morte se aproximava, abriu os olhos e disse: "Que coisas tão belas estou
a ver! A Santíssima Virgem vem buscar-me!" e assim expirou. Era o dia 9 de
Março de 1857.
Foi
canonizado por Pio XII em 13 de Junho de 1954.
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