1 de fev. de 2019

Força e sublimidade na oração de Maria Santíssima


Curso de Consagração a Nossa Senhora - Aula 2

Maria Santíssima fez na Terra
o papel que 
São Miguel Arcanjo fez no Céu
Plinio Corrêa de Oliveira, mestre do fundador
dos Arautos do Evangelho, Mons. João Clá Dias, EP,
comenta as maravilhas da oração que Nossa Senhora fez 
ao Pai Eterno pedindo a vinda do Messias.

Na última terça-feira, dia 29 de janeiro, realizou-se a segunda aula do Curso de Consagração a Nossa Senhora na sede dos Arautos em Fortaleza. Entre alguns tópicos abordados, selecionamos o tópico de número 16, do capítulo 1, que trata da Necessidade da devoção à Santíssima Virgem, com o respectivo comentário do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

Pela força das orações e sublimidade das virtudes de Maria Santíssima,
 Deus Pai deu ao mundo seu Unigênito.

CAPÍTULO 1 – Necessidade da devoção à Santíssima Virgem
ARTIGO I – PRIMEIRO PRINCÍPIO
Deus quis servir-se de Maria na Encarnação

16. Deus Pai só deu ao mundo seu Unigênito por Maria. Suspiraram os patriarcas, e pedidos insistentes fizeram os profetas e os santos da lei antiga, mas só Maria o mereceu, e alcançou graça diante de Deus, pela força de suas orações e pela sublimidade de suas virtudes. Por que o mundo era indigno, diz Santo Agostinho, de receber o Filho de Deus diretamente das mãos do Pai, Ele o deu a Maria a fim de que o mundo o recebesse por meio dela.

Comentários do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira

"Podemos tirar aplicações para nossa vida espiritual, tanto do fato de a oração de Nossa Senhora ter apressado a vinda do Messias, quanto de ter Ela recebido do Padre Eterno sua fecundidade.

Considerando Nossa Senhora capaz de, com a sua prece, apressar a vinda do Messias, que aplicações podemos tirar?

Devemos primeiramente considerar a Santíssima Virgem no seu zelo pela causa de Deus. Na oração que fazia, Ela certamente considerara - isto é de Fé - a situação, que atingira um ápice de miséria moral, em que tinha caído o povo eleito. Nessa oração, portanto, Ela desejava ardentemente que Israel fosse reerguido à sua antiga condição. Considerava ainda a decadência da Humanidade, sabendo melhor que ninguém quantas almas estavam se perdendo naquela era pagã, e vendo a glória de Satanás a imperar sobre o mundo antigo.

Nossa Senhora do Apocalipse
Maria Santíssima fez então na Terra o papel de São Miguel Arcanjo no Céu. Sua oração, pedindo que Deus viesse à Terra, equivale ao "Quis ut Deus? " do Arcanjo. É Ela que se levanta contra esse estado de coisas, é só Ela que tem a oração bastante poderosa para desferir um golpe que tudo transforma.

Então, a plenitude dos tempos que se encerram: Nosso Senhor Jesus Cristo nasce, e toda a humanidade é reconstruída, regenerada, elevada e santificada por Nossa Senhora. As almas começam a se salvar em profusão, as portas do Céu abrem-se, o inferno é esmagado, a morte é destruída, a Igreja Católica floresce sobre toda a face da Terra. Tudo como produto da oração de Nossa Senhora.

Não é verdade que Nossa Senhora, também sob este aspecto, se apresenta a nós como um verdadeiro modelo? Não devemos desejar em nossos dias a vitória de Nosso Senhor, como Maria Santíssima a desejou em sua época? Não há uma analogia absoluta entre o ardor com que Ela desejou a instauração do reino de Cristo na Terra e o ardor com que o devemos desejar em nossos dias? Não é verdade que, se a oração d'Ela foi necessária para a realização da Encarnação, é indispensável também para que consigamos em nossos dias a vitória de Jesus Cristo no mundo? Quando nos esfalfamos na luta pela vitória de Jesus Cristo em nossos dias, lembramo-nos de rezar a Nossa Senhora? Quando rezamos a Ela, lembramo-nos de pedir esta graça?

Não seria uma boa oração se, por exemplo, ao contemplarmos o mistério da Anunciação na primeira dezena do terço, tivéssemos em mente Nossa Senhora que pede a vinda do Salvador? E muito apropriado seria pedirmos a Ela que Jesus Cristo novamente triunfe no mundo, e ainda contemplarmos a vinda do Salvador e a futura vitória da Igreja Católica. Não temos aí uma boa aplicação desses Mistérios para a vida espiritual? Não é assim que ela deve ser vista, vivida e conduzida? Isto não é muito mais sólido que um arrastado murmúrio piedoso? É com essas verdades de Fé que se alimenta a piedade. Com verdades destas há nutrimento em quantidade para a vida espiritual.

Anunciação do Anjo Gabriel a Maria e a Encarnação do Verbo

Contemplemos Nossa Senhora apressando, com Sua oração, a vinda do Messias. Não é verdade que Nosso Senhor vem a nós também no momento da Comunhão? Não é verdade que podemos e devemos pedir a Ela, quando nos preparamos para recebê-Lo, algo dos sentimentos com que Ela O recebeu quando Ele se encarnou?

Se desejamos conseguir para alguém a graça da comunhão diária, não será útil pedir a Nossa Senhora que consiga para aquela alma a vinda quotidiana de Nosso Senhor, lembrando-A da eficácia da prece com que obteve a vinda de Jesus Cristo para o mundo?"

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