16 de fev. de 2019

Dr. Plinio comenta o Tratado de São Luís


Por que ser escravo de Maria,
que é escrava de Deus?
Alguns são chamados mais especialmente a oferecerem-se
a Nossa Senhora, para servi-La e combaterem por Ela.

Pe. David Francisco, EP expõe aos participantes a doutrina ensinada pelo santo francês

Na quarta aula do Curso de Consagração a Nossa Senhora realizada na última terça-feira, 12, Pe. David Francisco apresentou aos participantes os tópicos iniciais do Capítulo II do “Tratado” , que trata das VERDADES FUNDAMENTAIS DA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM.

A fim de proporcionar aos futuros "escravos de amor a Jesus por Maria" um atrativo a mais para aprofundar-se na devoção a Maria Santíssima desejada por São Luís, publicamos comentário do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre o tópico 63, estudado nesta aula.  

"Por que ser escravo de Maria, em vez de o ser de Nosso Senhor Jesus Cristo - pergunta-nos São Luís Grignion - já que Nossa Senhora é também escrava? Maria Santíssima não diz de si "ecce ancilla Domini"? Por que, então, ser escravo d'Ela? Sendo a Virgem Santíssima escrava, pode ter escravos? Que sentido racional tem isso?

Dr. Plinio difundiu entre seus discípulos a
verdadeira devoção a Maria ensinada por São Luís
Inicialmente São Luís Grignion faz uma introdução muito inspirada a respeito das relações de Nossa Senhora com Nosso Senhor. Embora não mencionando aquelas palavras de São Paulo "não sou eu que vivo, é Jesus Cristo que vive em mim" (Gal. 2,20), é este o pensamento que o santo desenvolve, mostrando que Jesus Cristo vive numa pessoa quando ela se santifica. E quando atinge a santidade, já não é aquela pessoa que vive, mas Jesus Cristo que vive nela.

Ora, sendo Nossa Senhora absoluta, inteira e perfeitamente santa, é também absoluta, inteira e perfeitamente Jesus Cristo que vive n'Ela. Estabelecer uma separação entre Maria e Jesus Cristo, de maneira a ser possível admirá-La sem admirar Jesus Cristo, ou cultuá-La sem cultuar a Jesus Cristo, segundo São Luís Grignion é o mesmo que procurar separar o calor da luz, numa chama que brilha e que ao mesmo tempo é quente. São elementos que se podem distinguir, mas não se separar.

Por que ser mais especialmente escravo d'Ela? São Luís Grignion nos sugere uma comparação popular muito significativa: Num reino absoluto - uma monarquia oriental, por exemplo - todos são, de certo modo, escravos do rei; mas ele pode ter certos escravos mais especialmente a serviço da rainha; são escravos que ele dá para que a rainha mande neles mais particularmente. Assim acontece também na Igreja Católica e no universo. Sendo todos os homens escravos de Deus por natureza ou por conquista, e também, de algum modo, escravos por natureza de Nossa Senhora, é possível a alguns oferecerem-se mais especialmente para servi-La, para glorificá-La, para serem Seus escravos e combaterem por Ela. São estes os chamados para a devoção especial que São Luís Grignion recomenda em seu Tratado".

O curso de Consagração a Nossa Senhora terá a duração de oito encontros
 e será encerrado com cerimônia na véspera da Festa da Encarnação do Verbo



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