Defendendo os interesses da Igreja
Com apenas vinte e três anos, Plinio
Corrêa de Oliveira
era o deputado mais jovem e mais votado de todo o Brasil.
Naqueles
primeiros anos da década de 1930, Dr. Plinio teve conhecimento da existência de
um organismo eleitoral ligado à política francesa, dirigido pelo General Marquês de Castelnau, herói de duas guerras, católico fervoroso e fundador da
Fédération Nationale Catholique. À procura de maiores informações, Dr. Plinio
soube que o objetivo dessa federação consistia em apontar aos católicos quais
eram os candidatos aos cargos públicos que se comprometiam a lutar pelas
reivindicações da Igreja.
Um jovem convicto do papel central da Igreja nos acontecimentos, dotado de uma visão religiosa de todo o passado da Cristandade e de um olhar vigilante em direção ao futuro |
A
fórmula encantou Dr. Plinio, pois vinha ao encontro da ideia, por ele
longamente ruminada, de aproveitar-se da surpreendente expansão do Movimento
Católico no Brasil para alterar o laicismo reinante. Dr. Plinio propôs a ideia.
Acolhida com entusiasmo, a sugestão não tardou a se tornar realidade. Em pouco
tempo estava preparada a constituição da Liga Eleitoral Católica (LEC).
O
programa da Liga Eleitoral Católica consistia em inserir na nova Constituição a
garantia dos direitos essenciais da Igreja. Eram eles o ensino religioso nas
escolas públicas, a introdução de capelanias católicas nas Forças Armadas, nas
prisões, nos hospitais públicos e demais estabelecimentos do Estado, a
proibição do divórcio e o reconhecimento oficial do matrimônio religioso.
Dr.
Plinio adentrou na carreira política escolhido pela autoridade eclesiástica Dom
Duarte Leopoldo e Silva, Arcebispo de São Paulo, após receber sua comunicação
para candidatar-se a deputado federal, o qual imediatamente obedeceu com toda
despretensão.
Por
fim, chegou o dia das eleições: 3 de maio de 1933.
Nos dias subsequentes, de
todas as partes do estado crepitava a informação, anunciada pelos jornais e
repetida pelo público: “Plinio Corrêa, na ponta!”. Circulava na cidade o
comentário: “O nome do Plinio está muito votado”. Pouco depois a notícia seria
confirmada: de fato os jornais noticiavam que ele havia sido eleito com vinte e
quatro mil setecentos e oitenta votos, ultrapassando o dobro do que recebera o
segundo colocado. Com apenas vinte e três anos, Plinio Corrêa de Oliveira era o
deputado mais jovem e mais votado de todo o Brasil.
(Extraído da obra O DOM DE SABEDORIA NA MENTE, VIDA E OBRA DE PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA, Volume II, páginas 302-323, de Monsenhor João S. Clá Dias, EP)
(Extraído da obra O DOM DE SABEDORIA NA MENTE, VIDA E OBRA DE PLINIO CORRÊA DE OLIVEIRA, Volume II, páginas 302-323, de Monsenhor João S. Clá Dias, EP)
Nenhum comentário:
Postar um comentário