24 de dez. de 2019

Gruta de Belém: Refúgio dos Justos


A Gruta de Belém
Palco do nascimento do Salvador, nesta mesma gruta
Eva deu à luz a Set; serviu de esconderijo para Abraão;
e Jacó, na sua infância, lá se defendeu de seu irmão Esaú. [1]

Preparada pela Providência, a Gruta de Belém foi palco
de relevantes fatos na História da salvação. 

Nazaré distava de Belém cerca de cento e cinquenta quilômetros, o que supunha uma viagem de três ou quatro dias, em meio às diversas caravanas que se deslocavam para o recenseamento de César Augusto. O percurso era custoso, pois a Cidade de Davi localizava-se no cimo de uma colina. São José já estava acostumado, mas precisava pôr toda a sua atenção em Nossa Senhora. Para Ela, naquelas condições e numa estação fria, o trajeto era penoso, crivado de agruras e de circunstâncias desagradáveis.

O santo varão conhecia as famílias de Belém e era por elas conhecido. Essas relações o animava com vistas a encontrar para sua Esposa a hospedagem mais adequada, na qual provavelmente nasceria o Menino Jesus,  porém ali “não havia lugar para eles” (Lc 2,7).

Nessa situação extrema, São José se lembrou do refúgio da castidade [2], onde se retirava quando, em menino, queriam maltratá-lo. Na gruta de Belém ele encontrava resguardo para isolar-se com Deus e fazer suas meditações.

Nessa mesma gruta Eva, a mãe dos viventes, dera à luz seu terceiro descendente, Set, filho da promessa, concedido em substituição ao assassinado Abel, após longa espera, abrindo uma nova linhagem de justos sobre a face da terra. O próprio Set lá se ocultaria mais tarde das invejas de seus irmãos, os quais também desejavam matá-lo. O esconderijo fora ainda utilizado por Abraão e pelo patriarca Jacó quando, durante a infância, discutia com Esaú. Palco de tantos fatos relevantes na História da salvação era, portanto, um recanto muito abençoado e com enorme carga simbólica preparado pela Providência havia séculos.




No intuito de fazer mais palpáveis estas verdades, os Arautos do Evangelho proporcionaram para os Cearenses, um Presépio muito belo, propício para a meditação, oração e reflexão. Ademais de sua mensagem espiritual, a parte artística é enriquecida com Sons, Luzes e Movimentos. 

Não deixe de trazer sua família; venha conhecê-lo e vivenciar a graça do Santo Natal!


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[1] CLÁ DIAS,EP, João Scognamiglio. São José: Quem o conhece?... São Paulo: Arautos do Evangelho; Instituto Lumen Sapientiae, 2017. Monsenhor João Clá Dias escreve na Apresentação deste livro que “esta obra se baseia no testemunho infalível dos Evangelhos, nos Santos Padres e nos teólogos e exegetas mais abalizados na matéria. É também ilustrada com alguns pormenores extraídos de revelações privadas, como as da Beata Ana Catarina Emmerick, CSA, da Venerável Maria de Jesus de Ágreda, OIC, da Serva de Deus Maria Cecília Baij, OSB, e outras, sem pretensões de rigor histórico, selecionadas em harmonia com os mais firmes princípios teológicos estabelecidos no decorrer dos séculos”.

[2] Idem. Cap. II, O refúgio da castidade, p. 62.

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