Desejoso de presentear seus amigos com um banquete, o filósofo Xanthus encarregou seu escravo Esopo de comprar no mercado o que havia de melhor.
Pelo caminho ia Esopo pensativo:
– Tenho de ajudar meu amo, coitado, o ponto fraco dele é a língua, só diz bagatelas e nunca glorifica a Deus com seus lábios. Já sei !!!
Esopo comprou línguas e temperou-as com excelente molho.
Os convidados elogiaram no princípio os manjares, mas, ao fim, se cansaram de tanta língua. Xanthus, furioso, disse ao escravo:
– Não te encarreguei que comprasse o que havia de melhor?
– Mas, meu senhor, o que há de melhor que a língua? Com ela podemos proclamar o bem e falar para edificação do próximo, rezar, expandir a fé, dar bons conselhos e cantar louvores a Deus. Para quantas coisas ela é útil!
– Pois bem, disse Xanthus – que achou ter posto seu escravo em apuros – então comprarás amanhã tudo o que houver de pior. Pois, se para ti o que há de bom é língua, o que há de pior deve ser um pouco melhor.
– Está bem, respondeu o escravo, farei isso com todo gosto.
No dia seguinte Esopo comprou mais línguas, e justificou-se diante de seu senhor, dizendo:
– A língua é o pior que há no mundo! É a mãe da calúnia, da crítica, da mentira. É o órgão do terror! Além do mais, é usada para proferir palavras ociosas, banais, palavras de vaidade, murmurações… Se não é bem empregada, traz inúmeros males.
Deixamos aqui uma pergunta: Quais os assuntos de nossas conversas? Fazemos como Xanthus, pronunciando palavras ociosas e banalidades? Lembremo-nos de que a língua é um ótimo instrumento para glorificar a Deus e praticar a caridade. Saibamos, então, usá-la convenientemente.
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