Jesus ensinando aos Apóstolos Igreja de Nossa Senhora da Consolação Coney Island, Nova York |
O amor íntegro deve ser
causa do bem total
Praticar o bem exige cumprir os Mandamentos da
Lei de Deus, sem admitir nenhuma concessão ao mal. Ora, a condição para
observar os preceitos divinos é a caridade. Como alcançar, então, esse amor
íntegro e sem mancha que nos conduz ao bem total?
I - O ESPÍRITO SANTO É A ALMA DA IGREJA
Maravilhoso
é o dom da vida! Tanto nos encantam a inocência e exuberância da criança quanto
nos impressiona gravemente a consideração de um corpo humano sem vida. Inerte,
encontra-se em estado de violência, de tragédia, dissonante de sua normalidade.
Há pouco ainda, notava-se nele como todos os membros e órgãos, tão distintos
entre si, entretanto se ordenavam em função da unidade dada pela alma. Ausente
esta, o corpo inteiro entra em decomposição.
Fonte de
unidade, vida e movimento
Isso
que ocorre na natureza humana é imagem de algo muito mais elevado e misterioso:
a relação da Igreja com o Espírito Santo. A propósito, esclarece Santo
Agostinho: "O que é o nosso espírito, isto é, a nossa alma em relação a
nossos membros, assim é o Espírito Santo em relação aos membros de Cristo, ao
Corpo de Cristo que é a Igreja".1
Com
efeito, o Espírito Santo, com toda a propriedade, é a alma da Igreja no sentido
em que não lhe comunica seu ser substantivo divino, mas lhe dá unidade, vida e
movimento. Não só isso, mas Ele a santifica, promove seu crescimento e
esplendor, fazendo dela "o Templo do Deus Vivo" (II Cor 6, 16).
De
modo que esse corpo moral extraordinário que é a Igreja, só tem verdadeira
vitalidade sobrenatural por ação do Espírito Santo. É o que afirma o Papa Paulo
VI: "O Espírito Santo habita nos crentes, enche e rege toda a Igreja,
realiza aquela maravilhosa comunhão dos fiéis e une a todos tão intimamente em
Cristo, que é princípio da unidade da Igreja".2
Ação
santificadora sobre as almas
Em
Jesus Cristo, a união da natureza divina com a humana tem por hipóstase o
Verbo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. E nas almas dos justos, a graça
santificante, que nos torna participantes da natureza divina, é atribuída por
apropriação ao Divino Espírito Santo.3 É, portanto, Ele o promotor da nossa
divinização (com "d" minúsculo), da nossa união com Deus. "No
cristão" - explica o padre Royo Marín -, "a inabitação equivale à
união hipostática na pessoa de Cristo, embora não seja ela, mas sim a graça
santificante, que nos constitui formalmente filhos adotivos de Deus. A graça
santificante penetra e embebe formalmente nossa alma, divinizando-a. Mas a
divina inabitação é como a encarnação do absolutamente divino em nossas almas:
do próprio ser de Deus tal como é em Si mesmo, um em essência e trino em
pessoas".4
Para
aproveitarmos convenientemente as graças da comemoração de Pentecostes, que se
aproxima, a Liturgia deste domingo nos convida a considerar a maravilha da ação
santificadora do Espírito Santo em nossas almas. Quão necessitado está o mundo,
na situação presente, de um sopro especial d'Ele para mudar os corações e
renovar completamente a face da Terra! É nesta perspectiva que devemos refletir
nas sublimes palavras do Divino Mestre, propostas pela Igreja à nossa enlevada
meditação neste dia.
II - O AMOR, CONDIÇÃO
PARA SE CUMPRIR A LEI
A
passagem do Evangelho considerada hoje integra o grande "Sermão da
Ceia" pronunciado por Jesus ao terminar o banquete pascal, após Judas
Iscariotes ter-se retirado para consumar sua traição. São João foi o único
evangelista a consignar este discurso, talvez o mais belo e mais admirável
proferido pelos adoráveis lábios do Redentor.
A
humildade manifestada momentos antes por Cristo ao lavar os pés de cada um de
seus discípulos - que havia pouco disputavam o primeiro lugar... - gravara em
suas almas uma profunda impressão da bondade divina e ao mesmo tempo tornara
neles ainda mais intensa a consciência da própria indignidade. Por outro lado,
o comovedor anúncio da traição de um dentre eles provavelmente os deixara
desconcertados e aterrorizados. Por fim, a instituição da Sagrada Eucaristia,
grande Sacramento de amor, estreitara ainda mais os laços que os uniam ao
Senhor, incutindo-lhes confiança e abrindo-lhes os horizontes da vida eterna.
"O
fato de Jesus ter falado só aos seus Apóstolos, aos quais acabava de instituir
sacerdotes e de comunicar seu Corpo e Sangue" - comenta Gomá y Tomás -,
"e de ser o último colóquio que com eles teria antes de sua morte [...]
confere um relevo extraordinário a este discurso. Nele o Divino Mestre abriu de
par em par seu pensamento e seu coração, dando-lhes o que poderíamos chamar a
quintessência do Evangelho".5
15 "Se Me amais, guardareis os meus
mandamentos..."
Quando
contemplamos uma bela imagem de Nossa Senhora, ficamos encantados com a
expressão que o artista soube imprimir aos traços fisionômicos, ressaltando
esta ou aquela virtude a fim de estimular a piedade dos fiéis. Entretanto,
bastaria um risco no rosto para desqualificar a obra inteira.
São
Tomás, repetindo o princípio de Dionísio Areopagita nos ensina que o bem
procede de uma causa íntegra, enquanto o mal, de qualquer defeito: "Bonum
ex integra causa, malum ex quocumque defectu".6 E se desejamos a perfeição
numa imagem de Nossa Senhora, devemos querê-la também, por coerência, no bem
que praticamos, pois se nele houver qualquer defeito, já estará presente o mal.
Precisamos, pois, nos esforçar para praticar os Mandamentos em sua integridade.
Dá
significativo testemunho a este respeito o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira,
recordando suas entusiasmadas reações nas aulas de Catecismo sobre os Dez
Mandamentos: "Como eles são belos e apaziguam a alma! Lembro-me - há
tantos anos! - de quando os aprendi; decorava-os e dizia para mim mesmo: ‘Que
coisa bonita! Não mentir, não roubar, honrar pai e mãe, amar a Deus sobre todas
as coisas, não tomar em vão seu Santo Nome, etc.' E, encantado, pensava: ‘Se
todas as pessoas agissem assim, como o mundo seria belo e diferente do
atual!'".7
Se
amarmos esses divinos preceitos com o ímpeto e a força que de nós espera o
Criador, teremos mais facilidade de observá-los, porque antes de tudo é preciso
amar, conforme lê-se no Deuteronômio: "O que te pede o Senhor teu Deus?
Apenas que O temas e andes em seus caminhos; que ames e guardes os Mandamentos
do Senhor teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua alma, para que
sejas feliz" (Dt 10, 12- 13). Precisamos, pois, acolher em nosso coração e
amar os seus Mandamentos; ou seja, não basta procurar entendê-los racionalmente.
Tendo verdadeiro amor e entusiasmo pelo Supremo Legislador, veremos como é bela
a prática da virtude e como é horrenda qualquer ofensa a Ele.
Ora,
como ter esse amor e onde encontrar forças para cumprir integralmente tal
desejo de Nosso Senhor?
III – PREPARAÇÃO PARA A DESCIDA
DO ESPÍRITO SANTO
15b "...e Eu rogarei ao Pai, 16 e Ele vos dará um outro Defensor, para que permaneça sempre
convosco:"
O
termo Defensor - Paráclito, tradução do original grego Parakletos - significa
etimologicamente "chamado a auxiliar", como o vocábulo latino
Advocatus. Quando Se refere ao Espírito Santo como Defensor, Nosso Senhor
emprega essa palavra no sentido de Advogado. Cabe ao advogado a função de
defender em juízo a causa de seus clientes, apresentando todos os argumentos e
provas para que estes não sejam condenados.
Ora,
dada a contingência humana, todos nós cometemos faltas. Como afirma São João,
com exceção apenas de Nossa Senhora e do próprio Jesus Cristo, Homem Deus, quem
diz que não tem pecado é um mentiroso (cf. I Jo 1, 8).
Assim,
todos somos réus e, com razão, tememos a justiça divina. Como nos
apresentaremos diante do Juiz com essas lacunas, sem termos a integridade de
que nos fala o versículo anterior? Por essa razão, o Divino Pastor nos promete
enviar o Defensor para nos auxiliar na prática da Lei.
"Sente-se que fazer o bem é coisa tão impossível sem o auxílio de Deus, quanto fazer o Sol brilhar durante a noite" Santa Teresinha do Menino Jesus |
Se
formos fiéis a essas inspirações, teremos um Advogado contra as acusações
apresentadas por nossa consciência e aquelas que o demônio fará a cada um de
nós, no Juízo Particular.
Oposição
entre o Espírito Santo e o mundo
17a "o Espírito da Verdade, que o mundo não é
capaz de receber, porque não O vê nem O conhece".
O
que leva o mundo a não ver nem conhecer o Espírito da Verdade?
Quem
resolve seguir princípios contrários à Lei de Deus, procura deformar e aquietar
a sua consciência, para não ouvir a voz do Espírito Santo que está sempre a
indicar-lhe as retas vias da virtude e da santidade à qual todos - sem qualquer
exceção - são chamados, conforme a doutrina bem explicitada pelo Concílio
Vaticano II: "Jesus, mestre e modelo divino de toda a perfeição, pregou a
santidade de vida, de que Ele é autor e consumador, a todos e a cada um dos
seus discípulos, de qualquer condição: ‘Sede perfeitos como vosso Pai celeste é
perfeito' (Mt 5, 48) [...] É, pois, claro a todos que os cristãos, de qualquer
estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da
caridade".9
Participar do relacionamento entre
as três Pessoas divinas
17b "Vós O conheceis, porque Ele permanece junto
de vós e estará dentro de vós. 18 Não vos deixarei órfãos. Eu virei a vós. 19 Pouco tempo ainda, e o mundo não mais Me verá, mas vós Me vereis,
porque Eu vivo e vós vivereis. 20 Naquele dia sabereis que Eu estou no meu Pai e vós em Mim e Eu em
vós".
A
cena é emocionante. Nesse discurso de despedida, Nosso Senhor quer deixar
patente que cada um de nós, batizados, faz parte desse relacionamento de
familiaridade entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Como o Pai está no
Filho, a Trindade estará em mim, se eu amar a Deus e cumprir a Lei. O Espírito
Santo estará em mim, e serei templo vivo d'Ele.
Como
devemos, pois, cuidar desse templo, desse tabernáculo que somos nós mesmos,
nunca permitindo que nele entre a desordem do pecado!
Não existe
amor sem humildade
21a "Quem acolheu os meus mandamentos e os
observa, esse Me ama".
Aqui
o Divino Mestre retoma a ideia do início do Evangelho deste domingo: amar a
Deus sobre todas as coisas significa praticar os Mandamentos. Nisto consiste a
prova do verdadeiro amor.
O perigo
das concessões
De
fato, as concessões ao pecado comparam-se a uma pequena bola de neve que se
desprende do alto do monte, vai crescendo à medida que desce e acaba provocando
uma avalanche. Aparentemente insignificantes no princípio, se não forem
combatidas, podem levar a alma ao extremo desta absurda pretensão: "Hei de
subir até o céu e meu trono colocar bem acima das estrelas divinas, hei de
sentar- me no alto das montanhas pelas bandas do norte, onde os deuses se
reúnem! Vou subir acima das nuvens, tornando-me igual ao Altíssimo" (Is
14, 13-14).
O
delírio de querer ser Deus está incrustado em todo defeito consentido. Ilustra
bem isso a tentação proposta a Eva pelo demônio, incitando- a a comer do fruto
proibido: "No dia em que dele comerdes [...] sereis como deuses" (Gn
3, 5). Comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal era a única
proibição que havia no Paraíso! Contudo, Adão caiu, e seu pecado produziu,
segundo Lacordaire, "efeitos desastrosos, tais como o obscurecimento do
espírito, o enfraquecimento da vontade, o predomínio do corpo sobre a alma e
dos sentidos sobre a razão, consequências lamentáveis que nos são por demais reveladas
pela experiência que fazemos, em nós mesmos, do império do pecado".11
Até
hoje a humanidade inteira padece as consequências dessa primeira transgressão a
uma ordem de Deus, cometida no Paraíso. E Nosso Senhor Jesus Cristo teve de
encarnar-Se e voluntariamente derramar todo o seu sangue para repará-la. Por aí
se mede quanto precisamos de vida interior, de oração e de vigilância para
cortarmos logo no início tudo quanto possa nos conduzir ao pecado. O contrário
desta situação nos é dado pelo maravilhoso convite do versículo seguinte.
Uma ideia
equivocada de teofania
21b "Ora, quem Me ama, será amado por meu Pai, e
Eu o amarei e Me manifestarei a ele".
Os
Apóstolos, ainda por demais influenciados pela falsa concepção messiânica
vigente em Israel, esperavam uma manifestação extraordinária de Nosso Senhor
para o mundo inteiro, como se deram por vezes no Antigo Testamento. Imaginavam
assim uma glorificação terrena de Jesus, o qual seria reconhecido pelo povo
como o Messias libertador.
Meros
interesses mundanos nesses homens, entretanto, chamados a serem as pilastras,
os fundamentos da Santa Igreja Católica Apostólica e Romana!
Ora,
uma demonstração inequívoca da divindade de Jesus tornaria a Fé menos
meritória. Escutar, em meio a tremores de terra, nuvens de fumaça evolando-se
da montanha, toques de trombetas, uma voz proclamando: "Eu sou o Deus de
Israel...", levaria a uma aceitação do Messias mais pela evidência do que
pela Fé, o que acabaria sendo inútil. Com efeito, já não haviam bastado os
incontáveis milagres feitos pelo Divino Mestre diante de multidões? Quantos
cegos passaram a ver, quantos paralíticos a andar, quantos leprosos ficaram
limpos! Sem contar as multiplicações dos pães e dos peixes. A tudo o povo
assistira de coração endurecido. Por acaso, na suprema hora da Paixão, algum
desses miraculados por Jesus - e foram muitos! - levantou-se para defender seu
grande Benfeitor?
Era
necessária uma conversão, uma mudança de mentalidade daquele povo. Quando Nosso
Senhor disse que Se manifestaria a quem guardasse sua palavra e O amasse,
causou surpresa nos Apóstolos, como nos é revelado pela pergunta feita logo a
seguir por Judas Tadeu: "Senhor, como se explica que Te manifestarás a nós
e não ao mundo?" (Jo 14, 22). E a voz desse Apóstolo não passava de um eco
do pensamento dos demais, conforme ouvimos pouco antes Filipe pedir:
"Mostra-nos o Pai" (Jo 14, 8), e Tomé indagar: "Mas, Senhor, não
sabemos para onde vais, como é que vamos saber o caminho?" (Jo 14, 5).
A
manifestação de Jesus a quem O ama
Preocupados
em presenciar algo retumbante, não viam os Apóstolos a grandiosa sublimidade
que se passava diante deles. Comenta Royo Marín: "Ao revelar-nos sua vida
íntima e os grandes mistérios da graça e da glória, Deus nos faz ver as coisas,
por assim dizer, do seu ponto de vista divino, tal como Ele as vê. Faz-nos
perceber harmonias de todo sobrenaturais e divinas que nenhuma inteligência
humana, nem mesmo angélica, teria jamais conseguido perceber
naturalmente".12
Descortinava-se
pela fé uma maravilhosa realidade espiritual. "A fé infusa" - comenta
Garrigou Lagrange -, "pela qual cremos em tudo quanto Deus nos revelou,
porque Ele é a Verdade, é como um sentido espiritual superior que nos permite
ouvir uma harmonia divina, inacessível a qualquer outro meio de conhecimento. A
fé infusa é como uma percepção superior do ouvido, para a audição de uma
sinfonia espiritual que tem Deus por Autor".13
Nosso
Senhor nos promete aqui a maior das recompensas, que Ele explicita mais ainda
no versículo seguinte: "Se alguém Me ama, guardará a minha palavra e meu
Pai o amará, e Nós viremos e faremos nele a nossa morada" (Jo 14, 23).
De
fato, que mais se poderia dar ao homem, além de transformá-lo em morada do Pai,
do Filho e do Espírito Santo? Mais do que isso, impossível. Diz São Tomás que
tudo Deus poderia ter criado de forma mais bela, mais excelente, com exceção de
três criaturas: Jesus, em sua humanidade santíssima; Maria, em sua humanidade e
santidade perfeitíssima, e a visão beatífica.14 Ora, aqui nos diz Jesus que já
nesta Terra começamos a ser morada do Pai, do Filho e do Espírito Santo, tendo
portanto uma vida incoativa, semente de glória posta em nossa alma, que se
desabrochará por inteiro na eternidade.
Nisso
consiste a manifestação de Nosso Senhor a quem amar e guardar sua palavra: será
transformado num tabernáculo da Santíssima Trindade! Sem fenômenos
extraordinários, no silêncio, no recolhimento, algo indizível se passará entre
as Três Pessoas da Santíssima Trindade e a alma. Quantas vezes não sentimos no
fundo da alma a presença de Nosso Senhor Jesus Cristo, por exemplo, quando por
amor a Ele resistimos à tentação e evitamos o pecado?
IV – PEÇAMOS A MARIA
A VINDA DO SEU DIVINO ESPOSO
A Divina Providência, por misericórdia, nos concede uma incomparável intercessora: a divina Esposa do Paráclito A Anunciação Catedral de Valência - Espanha |
Ainda
a Divina Providência, por misericórdia, nos concede uma incomparável Intercessora
que jamais Se cansará de ajudar-nos: "Maria é a porta oriental de onde sai
o Sol de Justiça, a porta aberta ao pecador pela misericórdia [...] Ela será
aberta e não será fechada. O povo se aproximará sem temor. Glorificando a Mãe
do Senhor, ele O adorará. Recorrendo a Maria e prestando-Lhe suas homenagens,
colherá os frutos do holocausto oferecido por Jesus".15
Peçamos
à divina Esposa do Paráclito, Mãe e Senhora nossa, que nos obtenha a graça da
vinda o quanto antes deste Espírito regenerador a nossas almas, conforme
suplica a Santa Igreja: "Emitte Spiritum tuum et creabuntur, et renovabis
faciem terræ" - "Enviai o vosso Espírito e tudo será criado, e
renovareis a face da Terra".
Tudo,
portanto, está ao nosso alcance para sermos o que devemos ser, e assim
recebermos o prêmio imerecido do convívio eterno com a Santíssima Trindade.
1 SANTO AGOSTINHO. Sermão 268, 2: PL 38, 1232,
apud CIC 797.
2 PAULO VI. Unitatis redintegratio, n.2.
3 Cf. SAURAS, OP, Emilio. El Cuerpo Místico de
Cristo. 2.ed. Madrid: BAC, 1956, p.811-814.
4 ROYO MARÍN, OP,
Antonio. Somos
hijos de Dios. Madrid: BAC, 1977, p.48.
5 GOMÁ Y TOMÁS, Isidro. El Evangelio
explicado. Barcelona: Casulleras, 1930, v.IV, p.196.
6 Cf. SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica, I-II, q.18, a.4, ad.3; q.19, a.6,
ad.1; q.71, a.5, ad.1; II-II, q.79, a.3, ad.4.
7 CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Consagração a
Nossa Senhora e a graça divina. In: Dr. Plinio. São Paulo. Ano VIII. N.89
(Ago., 2005); p.24.
8 SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS. Histoire d'une âme. Bar-le-Duc: St. Paul, 1939,
p.183.
9 CONCÍLIO VATICANO II. Lumen gentium, n.40.
10 CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Revolução e
Contra--Revolução. 5.ed. São Paulo: Retornarei, 2002, p.44.
11 LACORDAIRE, OP, Henri-Dominique.
Conférences de Notre-Dame de Paris. Paris: J. de Gigord, 1921, v.IV, p.312.
12 ROYO MARÍN, OP, Antonio. Teologia de la
Perfección Cristiana. 5.ed. Madrid: BAC, 1968, p.475.
13 GARRIGOU-LAGRANGE, OP, Réginald. Les trois
ages de la vie intérieure. Montréal: Lévrier, 1955, v.I, p.67.
14 SÃO TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica, I, 25,
a.6, ad.4: "A humanidade de Cristo, pelo fato de estar unida a Deus; a
Bem-Aventurança criada, por ser o deleitar-se em Deus; e a Bem-Aventurada
Virgem, por ser a Mãe de Deus, têm até certo ponto infinita dignidade, provinda
do bem infinito que é Deus. Sob este aspecto, nada pode ser feito melhor do que
eles, como nada pode ser melhor do que Deus".
15 JOURDAIN,
Zèphy-Clément. Somme des Grandeurs de Marie. 2.ed. Paris: Hippolyte Walzer,
1900, v.I, p.694.
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