Uma pergunta que necessita
urgente resposta:
“A quem aproveita essa campanha
difamatória?”
Tem
circulado em algumas mídias sociais, de modo ilegal, vídeos privados de bênçãos
de libertação feitas por sacerdotes arautos, bem como de reuniões privadas de uma
comissão da mesma instituição, formada para estudar fenômenos preternaturais, dentre
os quais pretensas revelações feitas pelo maligno.
A
divulgação de tais vídeos, promovida principalmente por Alfonso Beccar Varela
(Filho) e Marcos Lofrese Junior, costuma vir acompanhada de títulos e comentários
tendenciosos, incluindo montagens e edições, com notória inclinação difamatória
e passional, não excluindo, em alguns casos, o lamentável recurso ao burlesco.
Recentemente,
o senhor Alfonso Beccar Varela iniciou, também, uma campanha de arrecadação de
fundos, para “ajudar economicamente com uma contribuição para ajudar a
difundir” os vídeos.
Diante
desse cenário, cabe uma palavra da entidade que se vê mais diretamente
prejudicada por esta campanha orquestrada por motivos até agora desconhecidos:
os Arautos do Evangelho.
Os
Arautos do Evangelho são uma Associação Privada de Fiéis de Direito Pontifício
que congrega, também, um ramo clerical (de sacerdotes e diáconos), a Sociedade
de Vida Apostólica Virgo Flos Carmeli.
Por
ter-se tornado notória a disponibilidade dos padres arautos para prestar
auxílio espiritual nas situações mais adversas – como o atendimento de
confissões sem restrição de dia ou horário, a unção dos enfermos em inúmeros
hospitais e até mesmo em situações de desastres – não tardou que fiéis também
passassem a vir até nós pedindo auxílio contra ações que supunham ser de
espíritos malignos.
Considerando
que a maioria dessas situações é de urgência, bem como tendo em vista que, ante
a negativa de um sacerdote, não é raro que pessoas procurem refúgio em outras
religiões ou denominações, os padres arautos – embora respeitado o princípio da
sã liberdade religiosa – sentem-se obrigados a nunca negar também esse socorro,
administrando, assim, bênçãos comumente designadas de "cura e libertação".
Vale ressaltar aqui que a denominação "exorcismo" é empregada
corriqueiramente pelos padres no seu sentido lato, ou seja, de uma oração e/ou
cerimônia religiosa para esconjurar – em forma de súplica - o demônio e outros
espíritos malignos, e não necessariamente no sentido estrito, que seria
propriamente o exorcismo do rito canônico.
Nas
bênçãos em que o demônio se manifesta, não é raro que ele profira declarações
utilizando-se das cordas vocais dos indivíduos que estariam em possessão,
geralmente com alteração do timbre de voz costumeiro do fiel. Essas
declarações, via de regra, devem ser tomadas com toda a prudência, afinal, é
sabido que o demônio é conhecido como o "pai da mentira".
Eis
que começaram, então, a chegar relatos - decorrentes de bênçãos realizadas em diferentes
locais - dando conta de que o maligno, de posse de pessoas totalmente alheias
aos Arautos do Evangelho, estaria falando coisas referentes a essa Instituição,
aos seus integrantes e a autoridades eclesiásticas e civis.
Diante
do inusitado de tais eventos, passaram eles a ser comunicados à direção dos
Arautos, por meio de relatórios escritos, o que motivou a constituição de uma
comissão de padres para estudar o assunto, em reuniões privadas.
Tendo
em vista o fato de que os Arautos são uma associação na qual a maioria de seus
membros leva vida comunitária e fraterna, nada mais plausível que essas
experiências e relatos, sobretudo os mais intrigantes, fossem compartilhados
entre os sacerdotes, assim como é feito com tantas outras repercussões de
atividade pastoral, sempre, contudo, restritas àquele círculo de religiosos.
No
caso específico da luta contra o demônio, é perfeitamente compreensível que os
sacerdotes arautos ajam com naturalidade frente a relatos que causariam espanto
a muitas pessoas leigas, pois estão mais familiarizados com esse tipo de
situação, e igualmente precavidos sobre o que pode ser tomado a sério e o que
deve ser descartado.
Nesse
contexto, dado que os membros dessa comissão estão constantemente em missão -
seja no Brasil, seja no exterior - gravações em vídeo ("filmagens")
das reuniões são sempre feitas por um dos participantes, especificamente
designado e autorizado a fazê-lo, sendo tais vídeos posteriormente arquivados e
remetidos aos que se encontravam ausentes na ocasião.
Esse
envio é feito mediante o compromisso de se tomar conhecimento do material
reservadamente e, em seguida, apagá-lo, como consta nos documentos em posse da
direção da entidade. Com esse mesmo intuito, foram realizadas filmagens de
algumas dessas bênçãos, quando ministradas a pessoas do círculo interno dos
Arautos, já explicadas em nota anterior.
No
entanto, alguém - que ainda desconhecemos - teve acesso a gravações de
reuniões, e forneceu indevidamente esse material a um ex-membro da TFP
(Tradição, Família e Propriedade) e antigo desafeto dos Arautos: o antes
mencionado senhor Alfonso Beccar Varela (Filho), o qual, por sua vez, é
mantenedor de um blog sediado nos Estados Unidos.
Essa
filtração de material confidencial, reservado, está sendo objeto de apuração
interna, com vistas a identificar o autor, verificar suas reais intenções, bem
como adotar medidas disciplinares adequadas, sem prejuízo de outras de caráter
judicial.
De
tais reuniões, vale destacar, realizadas no foro privado e confidencial, não
resultou nenhuma diretriz específica, nem para os sacerdotes, nem para o
restante dos componentes da Instituição; não decorreu nenhuma mudança de
conduta dos Arautos, seja perante as pessoas nelas referidas, seja perante as
demais autoridades civis e eclesiásticas – fato que é público e notório; e,
sobretudo, seu conteúdo não foi, de forma alguma, propagado ao público em
geral.
Ressalte-se
que mais de um ano já decorreu da gravação da maioria desses vídeos e os
Arautos continuam sua caminhada em seu apostolado, de forma inalterada.
O
referido senhor Alfonso Beccar Varela afirma que possui mais vídeos e que
continuará a publicá-los. Talvez consiga fazê-lo, até o momento em que o braço
da lei – brasileira e/ou norte-americana – o atingir, máxime tendo em conta,
dentre outros, a violação da intimidade, vida privada, honra e imagem de
pessoas, bem como a violação de direitos autorais.
De
tudo isso, entretanto, é de se indagar: a quem aproveita essa campanha
difamatória? Qual o intuito, se tomado em consideração à luz da caridade cristã,
tanto da pessoa que encaminhou os vídeos das reuniões, quanto, principalmente,
das pessoas que os divulgam, tendo em conta que, insatisfeitas com um instituto
da Igreja, ao invés de se valerem dos instrumentos próprios, seja na esfera
civil, seja na esfera eclesiástica, fazem uso indevido de material confidencial
e privado, obtido de forma ilícita, distorcendo a imagem da Instituição perante
o público?
De
qualquer forma, seja qual for o conteúdo que os detratores venham a explorar
dessas reuniões e vídeos, convém reiterar: são eventos de circulação exclusivamente
interna, de caráter estritamente informativo aos padres arautos membros da
comissão.
De fato, a
delicadeza do tema e o direito à privacidade das pessoas vítimas das ações
malignas obstaculizam a divulgação mais ampla. Privacidade essa, no entanto,
que não temeram violar, de forma totalmente ilícita, os que agora publicam os
mencionados vídeos.
Encerramos
esta nota reconhecendo que, de fato, temos mais inimigos do que imaginávamos -
e inimigos devotados, que giram como satélites ao nosso redor, mas que
precisam, na tentativa de nos destruir, utilizar-se de condenáveis manobras,
valendo-se de material privado, coletado de maneira antiética e na
clandestinidade, e levianamente divulgado no universo tantas vezes frenético e
questionável da internet.
Fazem
isso porque, certamente, nunca conseguirão atacar, nem o respeito e devoção com
que os Arautos celebram o Sacrifício Eucarístico; com
que administram os Sacramentos a todos; com que adoram permanentemente o santíssimo
Corpo de Cristo presente nos ostensórios das capelas e Igrejas; com que
celebram diariamente as Horas; com que prestam culto especial, principalmente
mediante a recitação do rosário, à Virgem Mãe de Deus; nem, muito menos, a harmoniosa
cooperação com as autoridades eclesiásticas em todas as suas esferas.
As pessoas que estão promovendo a referida campanha difamatória, por
motivos até o momento desconhecidos, causam, com seu proceder, graves danos, seja
para a boa fama das autoridades e personalidades mencionadas, seja para a
própria Igreja.
Os
Arautos do Evangelho, consagram a São José, padroeiro da Igreja, a própria
defesa, na certeza de não serem desamparados pelo pai virginal de Jesus e
esposo digníssimo de Maria. A ele confiam também o bem espiritual e moral das
partes interessadas, e, mesmo ainda, dos próprios detratores da instituição.
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