1 de abr. de 2020
29 de fev. de 2020
26 de fev. de 2020
16 de fev. de 2020
Superexcelente Misericórdia
Imaculado Coração de Maria: uma lente do Sagrado Coração de Jesus
Nossa
Senhora, sendo Mãe, seu Coração Imaculado não é mais misericordioso do que o
Sagrado Coração de Jesus - seria um absurdo imaginar isso -, porém seu
Imaculado Coração faz ver mais a misericórdia do Sagrado Coração de Jesus do
que Ele próprio.
Seria
mais ou menos como quando os raios do sol se concentram através de uma lente e
põem fogo numa folha seca. A lente é tão pouco em comparação com o sol, mas sem
ela esse fogo não pegaria.
Portanto,
o Imaculado Coração de Maria seria, por assim dizer; uma lente do Sagrado
Coração de Jesus, uma como que concentração da misericórdia do Sagrado Coração
de Jesus. Então, Ela, debaixo desse aspecto, tem uma superexcelente
misericórdia.
Ademais,
Maria Santíssima é especialmente nossa advogada, pois sendo mera criatura é
mais plenamente conatural conosco do que o seu Divino Filho que, enquanto
Homem-Deus, é juiz.
Por
essas razões, dir-se-ia que o Imaculado Coração de Maria representa, num largo
e glorioso sentido, muito especialmente a bondade e a misericórdia do Sagrado
Coração de Jesus.
______________________
Revista Dr. Plinio,
Junho de 2015, extraído de conferência de 26/10/1980.
13 de fev. de 2020
Arautos do Evangelho no Tribunal de Justiça do Ceará
Segue a notícia no novo site dos Arautos do Evangelho de Fortaleza
CLIQUE AQUI
https://arautosfortaleza.com/arautos-do-evangelho-tribunal-de-justica-do-ceara/
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10 de fev. de 2020
Santa Bernadete vista por Dr. Plinio
COMEMORAÇÕES PELOS
162 ANOS DAS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA
A SANTA BERNADETE
SOUBIROUS, EM LOURDES - FRANÇA
Santa Bernadete Soubirous,
uma santa que “não servia
para nada...”
No seu testamento espiritual, a vidente
de Lourdes agradece a Deus
pelo pão da humilhação, pelas ironias e injustiças
sofridas por sua Madre
e Mestra de noviças, por suas carnes em putrefação e
pelo deserto da aridez interior.
Plinio Corrêa de Oliveira |
Não se pode falar de
Lourdes sem lembrar a personagem ligada de modo indissociável a essa história
de bênçãos e misericórdias. A modesta pastorinha a quem Nossa Senhora apareceu
é o primeiro milagre de Lourdes: milagre da graça, milagre da santidade. Por
isso a Igreja a elevou às honras dos altares como Santa Bernadete Soubirous.
Antes de partir deste
mundo para as glórias da bem-aventurança eterna, a vidente deixou seu
testamento espiritual, uma comovedora prece de ação de graças em que ela, ao
invés de se mostrar reconhecida pelos insignes favores de que foi objeto, louva
Nossa Senhora e seu Divino Filho por tudo o que lhe representou sofrimento e
carência nesta vida:
“Pelas zombarias recebidas, pelas injúrias e
pelos ultrajes da parte dos que me mandaram prender como doida, pela cólera que
tiveram contra mim, tomando-me como interesseira. Pela ortografia que eu jamais
consegui aprender, pela memória que eu jamais tive, pela minha ignorância,
graças vos dou, Senhora. Graças, porque se houvesse sobre a terra uma menina
mais ignorante e mais estúpida do que eu, Vós a teríeis escolhido para lhe
aparecer.
Testamento espiritual de Santa Bernadete: "uma comovedora prece de ação de graças; uma oração verdadeiramente heroica." |
“Pela minha doença, pelas
minhas carnes em putrefação, pelos meus ossos com cáries, pelos meus suores,
pela minha febre, pelas minhas dores surdas e agudas, graças ó meu Deus! E por
essa ânsia que Vós me destes para o deserto da aridez interior, pelos vossos
silêncios, mais uma vez por tudo, por Vós ausente e presente, graças, ó Jesus!”
É uma oração
verdadeiramente heroica, de um heroísmo que sobressai da seguinte situação: a
Santa Bernadete foi concedida a graça incomparável de ser a vidente a quem
Nossa Senhora apareceu, a ela foi indicado o local onde brotariam as águas que
operariam as curas milagrosas. Portanto, a partir das revelações feitas a ela,
Maria Santíssima inaugurou uma série de maravilhas e de benefícios
incalculáveis para os corpos e para as almas dos homens da terra inteira. Além
disso, a devoção à Mãe de Deus conheceu um novo e precioso crescimento sob a
invocação de Nossa Senhora de Lourdes.Revista Dr. Plinio fevereiro de 2003
Santa Bernadete faleceu nesta poltrona em 16 de abril de 1879 |
Santa Bernadete poderia
fazer um raciocínio diferente: “Meu Deus, Vós me destes esses ossos cariados,
essa carne putrefata, me destes toda essa miséria e essas contrariedades. Em
compensação, porém, me concedestes a grande vantagem de ser a Bernadete
escolhida por Vós para iluminar o mundo inteiro. Então, eu aceito de boa
vontade tudo o que me destes de triste, de ruim, como ação de graças por aquilo
que me destes de bom. Amém.”
Seria um pensamento
legítimo. Mas, ela era uma santa, e por isso diante da conduta da Providência
em face dela, levou sua atitude de alma até o limite da sublimidade. Mediu sua
personalidade, seus recursos mentais, sua saúde física, e percebeu que não
valia nada. Era apenas uma pessoa muito equilibrada, nascida numa família
pobre, menosprezada por todos. E ela aceitou heroicamente sua nulidade, para
que inúmeras almas fossem salvas e a Igreja Católica reluzisse de maior glória.
Ela compreendeu bem que
não teve apenas aparições, mas recebeu também uma cruz, mais preciosa do que as
próprias visões de Nossa Senhora. E ter aceito de modo perfeito a cruz,
levando-a até o fim com amor, com entusiasmo pelo sofrimento, por tudo quanto a
dor significa no plano sobrenatural – isso fez dela uma santa.
Vemos, então, uma pessoa
que reconhece não ser nada, e que transforma esse nada numa hóstia para
oferecer a Nosso Senhor, dizendo:
“Meu Deus, enquanto todos perdem a alma para
ser alguma coisa, enquanto aqueles que Vós sobrecarregastes de dons os
dilapidam de modo miserável, eu, a quem Vós fizestes nada, agradeço-Vos esse
nada. Peço-Vos que, para vossa glória, aceiteis minha conformidade com esse
nada. Sei que sou o rebotalho do mundo, sei que sou o asco da terra, sei que
ninguém quer saber de mim, mas sei que para Vós, ó meu Deus – três vezes santo,
perfeito, eterno, imutável, onisciente, misericordioso – para Vós, dentro de
meu nada eu sou muito. Sou tanto que por mim Vós os teríeis encarnado, e Vós
teríeis sofrido o tormento da Cruz. Vós, sim, me amais. E se Vós amais esse
nada, aceitai esse nada. Ele vale pelo amor que Vós lhe tendes. Aceitai esse nada
e aceitai-o por aqueles a quem Vós destes tanto. Aqueles que receberam de Vós
os dons que eu não recebi, utilizem-nos segundo vossos desígnios, eu vos
ofereço, meu Deus, eu vos agradeço os dons que não recebi”.
Isso é levar o
desinteresse até o sublime. É o holocausto completo, o puro amor a Deus, sem
preocupação por si. É o modelo que a Providência nos propõe para que tenhamos
uma vida espiritual norteada, mais do que pelo desejo do Céu, pela graça de
amar e adorar desinteressadamente o Senhor do Céu e da Terra.
________________________
Revista Dr. Plinio, Lourdes e a sublimidade do milagre, Editora Retornarei, fevereiro/2003, pág. 16 a 21.
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Revista Dr. Plinio, Lourdes e a sublimidade do milagre, Editora Retornarei, fevereiro/2003, pág. 16 a 21.
6 de fev. de 2020
Sagrada Família: razões providenciais da fuga para o Egito – 2
As semelhanças históricas entre José do Egito e São
José
Infelizmente, o plano primitivo de Deus com relação
ao Egito não se cumpriu, dada a constante infidelidade de ambos os povos –
israelita e egípcio – como foi comentado no último artigo sobre este tema.[1]
Já a providencial ida de José, filho de Jacó, ao Egito
havia sido uma tentativa de reativar esse projeto divino, objetivo em parte
atingido com a grande influência adquirida pelo patriarca na corte do faraó, o
que sem dúvida propiciou um influxo positivo sobre toda a sociedade
egípcia.[2] Os acontecimentos posteriores, porém, derrubaram por terra o
que teria sido uma interessante cooperação entre as duas nações, muito antes da
vinda do Redentor.
Nessa perspectiva, o exílio da Sagrada Família no Egito apresenta-se, da parte de Deus, “como quem chama um povo dileto adormecido. Dir-se-ia que Nosso Senhor tinha pressa de ir ao Egito”.[3]
Nessa perspectiva, o exílio da Sagrada Família no Egito apresenta-se, da parte de Deus, “como quem chama um povo dileto adormecido. Dir-se-ia que Nosso Senhor tinha pressa de ir ao Egito”.[3]
A partir dessas considerações, não é descabido
encontrar uma ligação com José do Egito na imprevista viagem comandada por um
varão de mesmo nome. O plano de Deus com essa fuga consistia em fazer com o
Menino Jesus o mesmo que se dera com o filho de Jacó. Ali chegando, os egípcios
não demorariam em relacionar esse judeu chamado José com o hebreu que, séculos
antes, marcara a história de seu povo.[4] Se os descendentes dos súditos do
faraó correspondessem à graça, São José e Nossa Senhora ganhariam a simpatia de
todos, alcançando, mais uma vez, a cúpula do reino.
A princípio São José receberia encargos do próprio
monarca, mas, quando Nosso Senhor crescesse, demonstraria tal sabedoria e
tantos talentos extraordinários, que o governante e sua corte se converteriam
ao judaísmo e se deixariam influenciar totalmente por Ele. O Egito tornar-se-ia
um estado ainda mais cheio de esplendor temporal, acrescido das bênçãos
decorrentes da presença da Sagrada Família. Com isso estaria criada a
plataforma para o futuro apostolado do Divino Mestre durante a vida pública:
sua fama chegaria a Israel, que emulava os progressos da nação egípcia, e
quando Ele Se apresentasse ao povo eleito teria uma penetração muito maior.
Desse modo, a expansão da primitiva Igreja dar-se-ia mais através do Egito,
devido ao charme deste povo, que por meio de Roma, inicialmente chamada a um
eficaz papel organizativo.
[1] MONS. JOÃO, Clá Dias. São José; quem o
conhece? Ipsis, São Paulo, 2017. Pg. 285-289.
[2] Sendo os hebreus o único povo monoteísta
da Antiguidade, sua influência no Egito talvez tenha apresentado como melhor
fruto o aparecimento, no ano de 1364 a.C., de Amenhotep IV, mais conhecido como
Akhenaton, um faraó monoteísta. Destoava ele das ideias de sua época e abalou o
império faraônico até os alicerces, promovendo uma profunda revolução técnica,
artística e, sobretudo, religiosa. Contudo, com a morte de Akhenaton, depois de
dezessete anos de reinado, essa fase tão controvertida da história
egípcia chegou ao fim e seu povo voltou ao
politeísmo, restabelecido por seus sucessores, principalmente pelo famoso
Tutankhamon. Não obstante, “o reinado de Akhenaton, além de surpreendente,
levanta diversas interrogações. Ele coincide com o período durante o qual se
supõe que grande número de hebreus vivia nesse país. E, embora seguindo a
opinião de estudiosos como Giacomo Perego, segundo o qual ‘qualquer
reconstrução histórica desse período deve ser vista com muita cautela’, podemos
levantar hipóteses com base nos indícios disponíveis, conforme é praxe em toda
atividade científica”
(SAINT’AMANT, EP, Alejandro Javier de. Akhenaton: o
faraó inovador. In: Arautos do Evangelho. São Paulo. Ano X. N.115 [Jul., 2011];
p.37).
[3] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Palestra. São
Paulo, 5 fev. 1981.
[4] São Bernardo mostra essa relação com a
beleza que caracteriza sua pena: “Recorda também aquele grande patriarca,
vendido no Egito, que não só se chamou como ele, como também se comparou em sua
castidade, igualando-se por sua inocência e por seus dons. José, vendido por
inveja de seus irmãos e levado ao Egito, prefigurou a venda de Cristo. Este
outro José, fugindo da inveja de Herodes, levou Cristo até o Egito. José, para
não trair a seu amo, resistiu ao pecado com a mulher de seu senhor. Este José
reconheceu sua Senhora como Virgem e Mãe de seu Senhor. E mediante sua
continência, custodiou-A em tudo fielmente. Ao patriarca foi concedido o dom de
ler nos mistérios dos sonhos; em José foi infundida a graça de conhecer e
participar ativamente nos mistérios divinos. Aquele armazenou o trigo, não para
si mesmo, mas para todo o povo; este recebeu o Pão do Céu e o guardou para si e
para todo o mundo”. (SÃO BERNARDO. In laudibus Virginis Matris. Hom.II, n.16.
In: Obras Completas. 2.ed. Madrid: BAC, 1994, v.II, p.635.) Também Gerson faz o
mesmo paralelo (cf. GERSON, Jean. Josephina. Paris: Enault et Mas, 1874,
p.216).
4 de fev. de 2020
Sagrada Família: razões providenciais da fuga para o Egito – 1
"Na fuga para o Egito era a Santa Igreja que, sozinha, peregrinava pelo deserto." Plinio Corrêa de Oliveira |
Particular dileção de Deus
pelo povo egípcio
Quando o Evangelista
descreve a fuga para o Egito, faz questão de apontar a realização de um oráculo
de Oseias: “Para que se cumprisse o que o Senhor dissera pelo profeta: ‘Eu
chamei do Egito meu Filho’ (Os 11, 1)” (Mt 2, 15).[1] A
inclusão dessa particularidade no texto da Escritura indica a existência de
profundos desígnios da Providência na eleição do antigo império dos faraós como
destino da Sagrada Família.[2] Para melhor
compreendê-los, serão de grande auxílio alguns comentários brilhantes de Dr.
Plinio acerca desse fascinante povo. Dotado de finíssimo discernimento dos
espíritos, especialmente penetrante em relação aos povos e à História,[3] suas análises deitam muita luz sobre o tema.[4]
Cada povo da Antiguidade possuía uma vocação específica para reparar o plano rompido pelo pecado original Moisés no Monte Sinai |
Não é preciso ressaltar o
quanto as fantásticas realizações dos egípcios, até hoje enigmáticas para a
ciência em seus pormenores, ganham sentido com essas afirmações. Por sua vez, a
inegável atração exercida pelos mistérios do Egito provinha do encanto natural
desse povo, mais tarde, infelizmente, muitíssimo aproveitado pelo demônio para
conduzir certo filão de almas para o ocultismo.
Coube aos egípcios receber a herança dos conhecimentos científicos do Paraíso, para formar uma sociedade temporal perfeita Israelitas se retiram do Egito |
[1] São João Crisóstomo crê que,
com sua ida para o Egito, “o Senhor anunciava a toda a terra uma espécie de
prelúdio de boas esperanças. Como na Babilônia e no Egito ardia o incêndio da
impiedade, mais que em outras partes, ao mostrar o Senhor, desde o princípio,
que os haverá de corrigir e melhorar, persuade a terra inteira a ter boa
esperança. Por isso manda os Magos para as terras da Babilônia e Ele mesmo, com
sua Mãe, vai para o Egito” (SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, op. cit., n.2, p.149).
[2] Neste sentido, Salmerón faz
interessantes comentários a respeito da fuga para o Egito: “Causam admiração
algumas considerações sobre essa fuga: Quem foge? O Verbo Eterno Encarnado, a
quem nada pode vencer; e, se parecer vencido, é para ressurgir maior e vencer
com mais glória. De quem foge? De homenzinhos comparáveis a vermes, mais débeis
que formigas. Para onde foge? Para o Egito, terra bárbara, pela qual os hebreus
alimentavam um ódio antigo, terra proibida aos hebreus, para que Herodes nem
sequer imaginasse que haviam fugido para lá. Para quê? Para mostrar-Se
verdadeiro Homem, que assumiu carne verdadeira, submetida ao temor e a outras
perturbações. Quis ser em tudo semelhante aos irmãos, indicando que vida o Pai
determinou para o seu Filho, cheia de perigos e preocupações. Para revelar,
desde o início, que seu Reino não era deste mundo. Para que, pelo furor causado
em Herodes, aumentasse sua divina glória, pois era desígnio divino exaltar seu
nome, vencendo deste modo. Para dizer, com essa fuga, que o Reino de Deus
passou dos judeus aos gentios” (SALMERÓN, (SALMERÓN, SJ, Alfonso. Commentarii
in Evangelicam Historiam et in Acta Apostolorum. Tractatus XXX. Coloniæ:
Antonium Hierat & Ioannem Gymnicum, 1602, t.III, p.406).
[3] Tendo convivido quarenta anos
com Dr. Plinio, o Autor dá testemunho de seu profundo discernimento dos
espíritos, não só das almas individualmente, como, sobretudo, dos povos e da
História (cf. CLÁ DIAS, EP, João Scognamiglio. O dom de sabedoria na mente,
vida e obra de Plinio Corrêa de Oliveira. Città del Vaticano-São Paulo: LEV;
Lumen Sapientiæ, 2016, v.III, p.437-510; v.V, p.127-204).
[4] Cf. MONS. JOÃO, Clá Dias. São
José; quem o conhece? Ipsis, São Paulo, 2017, p. 285-289.
[5] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio.
Palestra. São Paulo, 5 fev. 1981.
[6] Idem, ibidem.
[7] Idem, ibidem.
[8] CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio.
Conversa. São Paulo, 25 out. 1981.
2 de fev. de 2020
Festa de Nossa Senhora das Candeias
Arautos comemoram Festa de Nossa Senhora das Candeias com bênção
das velas, procissão e Santa Missa
Na liturgia deste domingo, 02 de fevereiro, a Santa Igreja celebrou
a Festa da Apresentação de Jesus no Templo.
a Festa da Apresentação de Jesus no Templo.
A
data coincidiu com a Festa de Nossa Senhora das Candeias ou Nossa Senhora da
Candelária, também invocada como Nossa Senhora da Luz ou da Purificação.
A
Festa da Purificação de Nossa Senhora, assim conhecida, recorda o dia em que Maria
Santíssima, em obediência à lei mosaica, se apresentou no templo do Senhor,
quarenta dias depois do nascimento do divino Filho.
Em
Fortaleza, na residência dos Arautos do Evangelho, fiéis se dirigiram a esta
comunidade religiosa para participar, pelo terceiro ano consecutivo, da
procissão e bênção das velas, seguida de Celebração Eucarística. Os
presentes formaram filas com suas velas à mão, acesas logo após serem
proferidas pelo sacerdote arauto, as orações apropriadas ao ritual da bênção
das mesmas.
Em
seguida, organizou-se solene procissão com as velas acesas conduzidas
cuidadosamente como símbolo de Nosso Senhor Jesus Cristo que, apresentado a
Deus no templo de Jerusalém pelo profeta Simeão, foi saudado, como a Luz que
veio para iluminar os povos.
Durante
a celebração, Padre Eduardo Zacarias, EP lembrou que esta data marca outra
festa em honra a Virgem Maria: Nossa Senhora do Bom Sucesso. A Mãe de Deus
apareceu a uma religiosa, a serva de Deus Mariana de Jesus Torres, pela
primeira vez no dia 02 de fevereiro de 1594, em Quito, no Equador para
profetizar fatos relacionados à Igreja nos dias de hoje.
30 de jan. de 2020
Novo site dos Arautos em Fortaleza
Está sendo constituído um site para os Arautos do
Evangelho em Fortaleza, onde constarão suas atividades de evangelização, cursos
de teologia, missões marianas, apoio às comunidades, formação sadia da
juventude e etc.
Ademais, continuarão a ser publicados os artigos
devocionais a Nossa Senhora, São José, bem como, as diversas maravilhas da
Santa Igreja Católica.
Confira já, e acompanhe
seu desenvolvimento, através do endereço: www.arautosfortaleza.com
26 de jan. de 2020
Festa de Nossa Senhora das Candeias
Santa Missa em honra
a Nossa Senhora das Candeias
A Santa Igreja Católica celebra no próximo
domingo,
02 de fevereiro, a festa de Nossa Senhora das
Candeias
ou Nossa Senhora da Candelária, também
invocada
como Nossa Senhora da Luz ou da Purificação.
Venha participar desta cerimônia
com os Arautos do Evangelho
* * *
10 de jan. de 2020
O misterioso pai de São José
São José tinha dois pais? Como é possível?...
O que dizer? São Mateus
afirma que “Jacó gerou a José, esposo de Maria”; mas São Lucas, por seu lado,
que “José era filho de Heli” [1]. Logo, escreveu um o contrário do outro? Como
é possível um mesmo homem ter dois pais?
À primeira vista, alguém com estudos teológicos não aprofundados no tema, pode questionar a genealogia de São José, julgando não ter sido bem discriminada pelos Evangelistas. No entanto, a realidade é bem outra, e, São Tomás de Aquino - entre muitos autores - explica prodigiosamente bem a proposição correta, que, mais adiante será comentada.
À primeira vista, alguém com estudos teológicos não aprofundados no tema, pode questionar a genealogia de São José, julgando não ter sido bem discriminada pelos Evangelistas. No entanto, a realidade é bem outra, e, São Tomás de Aquino - entre muitos autores - explica prodigiosamente bem a proposição correta, que, mais adiante será comentada.
Antes de tudo, deve-se considerar que as genealogias consignadas por São Lucas e São Mateus não coincidem ao apontar a ascendência de Jesus. São Mateus indica a ascendência davídica de Jesus seguindo a linha do Rei Salomão (cf. Mt 1, 6); pelo contrário, São Lucas apresenta esta mesma linhagem davídica por outro filho de Davi (cf. Lc 3, 31; I Cr 3, 5-6) que nunca chegou a ocupar o trono de Israel.
Para responder esta divergência, no século III o erudito Júlio Africano [2] levantou a hipótese de que Jacó e Heli eram meios-irmãos, por parte de mãe. Tendo Heli morrido sem deixar filhos, em virtude da lei do levirato [3] a viúva foi desposada por Jacó, que assim assegurava a descendência de seu irmão falecido. Em consequência, São José seria filho de Jacó segundo o sangue e filho de Heli em sentido legal – sobre este último pormenor, Santo Agostinho desenvolverá precisamente, e veremos mais à frente na terceira hipótese por ele levantada.
Em todo caso, para
resolver até as mais profundas bases dessa problemática – suscitada por Juliano
o Apóstata –, voltemos nossos olhos para o pensamento tomista e suas soluções
diversas.
Segundo São Tomás de
Aquino, alguns autores opinam, como São Gregório Nazianzeno [4], que ambos os
Evangelistas enumeram o mesmo personagem, Jacó e Heli, mas com dois nomes
diferentes. Outros pensam diferente, pois São Mateus enumera Salomão um dos
filhos de Davi; ao passo que São Lucas enumera outro, que é Natan, os quais,
constam terem sido irmãos, segundo a Escritura [5].
Por isso, Eusébio de Emisa
– entre outros pensadores – acredita que São Mateus nos dá a verdadeira
genealogia de Cristo; ao passo que a de Lucas consigna a putativa, e, por isso
comenta em seu evangelho “Jesus tinha cerca de trinta anos de idade quando
começou seu ministério. Ele era, como se pensava, filho de José, filho de Heli”
(Lc 3, 23).
Outro ponto a ser
considerado é que muitos judeus esperavam que o Messias nasceria de David, não
pela linhagem real, mas, por outra linha de homens particulares. Baseado nisto,
pode-se cogitar que São Mateus numerou os pais carnais; ao passo que Lucas, os
espirituais, isto é, os varões justos, denominados “pais” pela honestidade da
sua vida.
Por fim, a respeito deste
tema, Santo Agostinho propõe três ideias [6]:
1- Ou um Evangelista
designa o pai que realmente gerou a José, ao passo que o outro designou-lhe o
avô materno ou um dos seus mais próximos parentes.
2- Ou um era o pai natural
de José e o outro o pai adotivo.
3- Ou, segundo o costume
dos judeus, quando um homem morria sem deixar filhos, um dos seus próximos
tomava-lhe a mulher, sendo o filho que ele engendrasse imputado ao morto.
Ainda na Suma Teológica,
São Tomás recorda que, como diz o Apóstolo, toda a Escritura é divinamente
inspirada. Ora, as coisas divinas se realizam de maneira ordenadíssima, segundo
ainda o Apóstolo: As causas de Deus são ordenadas. Por onde, a genealogia de
Cristo foi bem discriminada pelos Evangelistas [7].
Para concluir, lembremos
que a partir do século XVI alguns teólogos, como Alfonso de Espina,
apresentaram outra solução: São Mateus teria descrito a linhagem davídica de
São José; São Lucas, a da Virgem Maria, pois é Ela quem transmite a carne e o
sangue de Davi a Jesus. Assim, São José, desposado com Maria, seria genro de
Heli (Heliaquim ou Joaquim na Tradição da Igreja) e, a este título, seu filho
segundo a Lei [8].
[1] Cf. Mt 1, 16 e cf. Lc 3,
23 reciprocamente.
[2] Cf. EUSÉBIO DE CESAREIA.
História Eclesiástica. L.I, c.7: PG 20, 89-100.
[3] Cf. Dt 25, 5-6; Mt 22,
23-28.
[4] TOMÁS, Catena Aurea, sup.
Le. 3,24 § 8.
[5] Cf. Suma Teológica. III,
q.31, a.3, ad 2.
[6] AGOSTINHO, De Quaest.
Evang. L.2 q.5 sobre Le 3,23: ML 35, 324.
[7] Cf. Suma Teológica. III,
q.31, a.3, solução.
[8] Cf. MICELI, Patrizia
Innocenza. I modelli di Giosefologia nella storia della Teologia cristiana.
Todi: Tau, 2015, p.8-13.
6 de jan. de 2020
Onde estão os efeitos do pecado original em São José?
Muitos
autores estudam a hipótese de São José ter sido concebido sem pecado original
e, entre outros, chama a atenção o que o jesuíta Alfonso Salmerón defende,
quando afirma que em São José não havia nenhuma inclinação desordenada da
concupiscência – omnis concupiscentiæ fomes extinctus in eo fuit –, para que,
mais dignamente pudesse conviver com Nossa Senhora. [1]
Sobre
a totalidade da tese da isenção do pecado original em São José, seria
necessário constituir um verdadeiro tratado, que, para a finalidade deste
artigo, seria por demais extenso. No entanto, dado o foco que nos propusemos a
dar, nos limitaremos em constituir uma pequena coroa de pedras preciosas a este
respeito, citando alguns autores que dão um robusto subsídio a esta ideia.
Dando
um salto histórico de dois mil anos, encontramos no Apóstolo e Evangelista São
Mateus, ao mencionar pela primeira vez São José, o qualificativo mais teológico
para sintetizar o perfil de São José: “um homem justo” (Mt 1, 19). Isto,
segundo muitos autores de peso, equivale a uma verdadeira canonização realizada
pelo Espírito Santo, pois o termo ‘justo’ significa, como explica São João
Crisóstomo, “aquele que é virtuoso em tudo”. [2]
Corroborando
com este pensamento, o dominicano Pe. Isidoro de Isolano, o primeiro a escrever
um tratado teológico integralmente dedicado ao Santo Patriarca, diz que São
José foi o primeiro a quem o Espírito Santo canonizou no Novo Testamento,
chamando-o de varão justo.[3]
Dentre
os Padres da Igreja, salta aos olhos as considerações do supracitado São João
Crisóstomo sobre o Santo Varão, quando o menciona como um exemplo de obediência
e docilidade de espírito, cheio de circunspecção e pureza incorruptível de
mente.[4]
Longe
de desmentir esta tese, um autor mais recente, o Pe. Bonifácio Llamera, OP,
explana sobre a eminente virtude de São José, em especial nos albores de sua
existência, que, sem temeridade, pode-se pensar que o Pai de Jesus, em todos os
seus atos, já desde a infância, agiu com toda a força da graça habitual, pois
não se lhe opunha nenhum impedimento, nem as paixões, nem os defeitos, nem as
negligências ou distrações.[5]
Por
fim, para arrematar esta faceta do assunto, o célebre Pe. Garrigou-Lagrange
afirma que considerada a missão do Esposo de Maria, Deus providente lhe
concedeu todas as graças, recebidas já desde a infância: piedade, virgindade,
prudência, perfeita fidelidade.[6]
______________________________
[1] Cf. SALMERÓN, SJ, Alfonso. Commentarii in Evangelicam Historiam et in Acta Apostolorum. Tractatus XXX. Coloniæ: Antonium Hierat & Ioannem Gymnicum, 1602, t.III, p.234.
[2]
SÃO JOÃO CRISÓSTOMO. Homilías sobre el Evangelio de San Mateo. Hom.IV, n.3. In: Obras. 2.ed. Madrid: BAC, 2007, v.I,
p.63
[3]
Cf. ISOLANO, OP, Isidoro de. Suma de los dones de San José. P.I, c.9. In:
LLAMERA, OP, Bonifacio. Teología de San José. Madrid: BAC, 1953, p.405.
[4]
Cf. SÃO JOÃO CRISÓSTOMO, op. cit., Hom.V, n.3, p.92.
[5]
Cf. LLAMERA, OP, Bonifacio. Teología de San José. Madrid: BAC, 1953, p.206.
[6]
Cf. GARRIGOU-LAGRANGE, OP, Réginald. De præstantia Sancti Ioseph inter omnes
sanctos. In: Angelicum. Roma. N.5. [Abr.-Jun., 1928]; p.205.
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